Desrespeito e desmandos contra os servidores públicos municipais

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



O atraso no pagamento dos salários de dezembro e das férias dos servidores municipais na virada de ano; as tentativas de mudanças do estatuto do servidor e a greve das funcionárias do Foztrans encarregadas do Estarfi são apenas os sintomas mais recentes de uma administração pública campeã em desrespeito aos trabalhadores.

O grupo de Paulo Mac Donald Ghisi (PDT) desnuda-se em suas ações como governo não comprometido com os trabalhadores, nem os diretamente ligados à prefeitura - os servidores. A cidade está a deriva, passando da irresponsabilidade e indiferença vivida na era Silva, a planos e devaneios faraônicos da atual administração que concentra todas suas energias em tijolos e cimento.

As reivindicações do Sismufi (Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu) são totalmente ignoradas pelos mandatários de plantão. O prefeito em exercício, Chico Brasileiro (PCdoB), demonstra cada vez mais que a defesa do funcionalismo feita durante o governo Sâmis da Silva era apenas para ganhar votos na sua escalada pelo poder. Hoje, o vice-prefeito dá as costas à categoria.

Fica claro que os atuais governantes estão mais preocupados em apadrinhar os amigos do rei, pintar prédios e aparelhar a prefeitura, suas autarquias e braços sociais para fazer campanha eleitoral descarada. Fica evidente que os mandatários nunca visaram o bem comum, pelo contrário, visam apenas o bem de grupelhos que se beneficiam, como parasitas, das benesses que o erário municipal pode financiar.

O governo vem mostrando seu total desdém com os servidores municipais, que além de sofrer arrocho salarial, sofrem com o desmantelamento de setores importantes do município. A saúde tornou-se um verdadeiro funil do dinheiro público; a falta de planejamento e entendimento levaram o município a investir de forma inversa no setor, em ações priorizam a doença e não a saúde, e com pouco ou nenhum investimento na prevenção.

Outro exemplo de desgoverno e desregulamentação do serviço público é o esforço para desmantelar todos os setores de fiscalização da prefeitura, desde fiscalização de meio ambiente até de vigilância sanitária, este importantíssimo na área de saúde, mostrando-se um governo esqui-zofrênico. A criação central de fiscalização é um retrocesso, ainda não percebido, para a cidade, pois concentra poder de forma excessiva em um setor, que age, ou não, ao gosto e desgosto do administrador, punindo seus desafetos e sendo convalescente com os aliados.

Mac Donald prova que seu perfil é do bom e velho capitalista, que penaliza os trabalhadores com o arrocho salarial e retirada de direitos como forma de “economizar” para continuar investindo em seus devaneios faraônicos. Ao enviar para o legislativo a proposta de reforma do estatuto do servidor, o prefeito visa acabar com direitos adquiridos com muita luta, como ascensão salarial por tempo de serviço, que representa o único ganho real dos servidores, além de alterar dispositivo como a licença prêmio.

O PCB entende que somente a mobilização das forças progressistas da cidade pode reverter tal quadro. Teremos que conviver mais três anos de desgoverno e devaneios, mas isso não significa esmorecer na luta. Pelo contrário. É preciso somar força aos sindicatos dos trabalhadores como instrumento de luta. É preciso informar, formar e mobilizar os trabalhadores, e seguir em frente na luta diária.

PCB Foz do Iguaçu

(Imagem: Vavrova_Naked_King_HCA7)
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Para os gigantes: A Sociedade Civil Organizada



* Carol Miskalo

O ano de 2009 entra para a história do país pela abertura dada pelo Governo Federal para se discutir como podemos fazer para democratizar os meios de comunicação. Em quase todos os estados, militantes da área de comunicação participaram de etapas municipais (ou regionais) e etapas estaduais para concretizar uma luta contra os grandes donos da mídia brasileira. Depois foram para a batalha.

E foi assim que aconteceu a CONFECOM (Conferência Nacional de Comunicação), de 14 e 18 de dezembro do falecido ano de 2009, em Brasília. O evento foi palco para discursos polidos dos nossos representantes com a participação entusiasmada da sociedade civil, que mostrou que não estava ali para jogar bola e depois comer pizza.

A abertura contou com participações importantes, como o vaiado ministro Hélio Costa, que teve que engolir a seco a insatisfação demonstrada pelos participantes que representavam entidades e movimentos sociais.

Ainda esteve presente o Sr. Saad, que teve um discurso neoliberal interrompido pelo grito de guerra: “O povo não é bobo! Abaixo a Rede Globo!”. E para finalizar os desastres ainda tivemos uma brilhante leitura do Sr. Presidente Luís Inácio Lula da Silva, que enaltecia a luta pela organização da conferência, mas se fez de despercebido quando questionado sobre as rádios comunitárias.

A briga entre crachás azuis (empresários), vermelhos (sociedade civil) e verdes (poder público) teve inicio na tarde seguinte quando os participantes foram divididos em GT´s (Grupo de Trabalho) para discutir e deliberar quais propostas seriam encaminhadas para a plenária final.

Grupos de trabalho
As discussões dos GT´s ocorreram em torno de três eixos temáticos “Produção de Conteúdo”, “Meios de distribuição” e “Cidadania: Direitos e Deveres”. Com um discurso conservador e autoritário os empresários estavam certos de que sairiam dali com muitas vitórias já que pagaram hora extra para que vários funcionários participassem da atividade e votassem no que favoreceria os grandes latifundiários da comunicação.

Questões como o controle público e social sobre os meios de comunicação, a abertura para a pluralidade de produção de empresas e entidades para ampliar e diversificar o mercado, as discussões sobre rádios e tevês comunitárias e a criminalização desses meios recheou o momento de luta.

Por Trás do Palco
Depois das vaias ao ministro Hélio Costa, algumas coisas ficaram mais visíveis ali. Enquanto nosso presidente lia um discurso sobre a importância da liberdade de expressão, e alguns militantes da ala esquerda da plenária pediam algumas explicações aos gritos, um senhor que estava filmando levantou-se para continuar a filmar. Foi quando o segurança aproximou-se e ordenou em tom mais que áspero que ele desligasse a filmadora.... Que liberdade em Mr. President!

E o Hip-Hop?
Tive a oportunidade de conhecer militantes do movimento hip-hop de algumas partes do Brasil. E quem acha que maloquero só usa a cabeça pra segurar o boné se deu mal.

O movimento hip-hop esteve bem representado com os manos DJ Branco (Estação Hip-Hop), Mano Paulo e Mina Fernanda de Salvador, Rogério Beiçudo e Nelson de Belo Horizonte, Mano Marcos de Aracajú, Alex Street do GNA (Grupo Nacional Armado) da grande São Paulo e não posso esquecer da participação do GOG.

Entre os intervalos os militantes conseguiram se organizar de forma a trocar endereços eletrônicos para que se possa estabelecer uma conexão entre os manos e as minas do país.
O mano Rogério, da Rádio Fala Favela, falou um pouco sobre a questão da inserção da mulher no movimento hip-hop e a divida que o homem possui com elas. “Machista? Não, não podemos ser! Não podemos excluir a mulher, não podemos deixar que ela se cale. O homem já explorou de mais, não só o corpo, a gente tem uma dívida histórica com as mulheres e temos que dar um jeito de pagar”.

E quando questionados sobre a CUFA, a má impressão é meio que geral. Em uma conversa o Mano Alex Street, esse afirmou que “começou com uma meta, começou a dar certo, mas acabou se tornando mais um manipuladinho da vida”.

Com uma visão otimista sobre a participação dos “locos” nas decisões, Alex ainda falou: “a periferia tá se organizando, os manos tão invadindo, mas de pouco em pouco a gente tá descobrindo que o poder não está só em letra, tá no pensamento também, essa porra é nossa e a gente tem que estar aqui”. E ainda manda um salve pros maloqueros da fronteira: “Aê Foz, manda na voz, cê ta ligado que é nóis o pesadelo do sistema o terror de vários algoz mano nunca duvide, direto de São Paulo Alex Street rimador maloquero sofredor lá em S.P. corintiano um beijo pras minas um abraço pros meus manos aê Foz é nóis que ta falô!”

Nesse clima de protesto e de luta tivemos mais uma etapa vencida. Mais uma de muitas outras que ainda estão por vir.

* Carol Miskalo é estudante de Letras, ativista cultural e militante do PCB.
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Etapa estadual avalia trabalhos nos municípios


* Mirian Takahashi

Antes de engrossar o XIV Congresso Nacional, os paranaenses participaram do Congresso Estadual do PCB. O evento contou com adesão de organizações da esquerda e movimentos sociais, como o MST, a Consulta Popular e a UJC, além do militante carioca Eduardo Serra, representando o Comitê Central do Partidão.

Legitimadas pelas bases municipais, as delegações tinham como tarefa no encontro estadual discutir as teses e compor a delegação destinada a ir para a cidade do Rio de Janeiro. Durante o encontro, todas as delegações municipais também fizeram um balanço dos trabalhos em suas respectivas cidades.

Um dos destaques é Porecatu, município do norte do Paraná onde o partido constrói sua base apoiado pelos acampados do MST, e Rolândia, município também do norte paranaense, com estrutura bastante avançada de organização partidária.

A delegação iguaçuense expôs todas as atividades realizadas desde a refundação do PCB na cidade (25 de março de 2009) e demonstrou coerência e compromisso com a proposta comunista de sociedade.

Estado – Ficou como tarefa para o Comitê de Curitiba dirigir a discussão sobre as teses, a qual cumpriu demonstrando clareza teórica que induz uma prática verdadeiramente revolucionária, postura mais uma vez provada pelo PCB. É importante destacar a rica contribuição na discussão da figura que simboliza a história do PCB no Paraná: o comunista Expedito, militante desde 1938.
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Após os debates, foram eleitos os delegados ao Congresso Nacional. Posteriormente, já concluídas as ações no Rio de Janeiro, ficou a certeza entre os participantes que a reconstrução do Partido passa pelas bases, com ações sólidas, que norteariam o PCB nesse novo caminho rumo ao socialismo, rumo ao sonho possível do comunismo. Viva o PCB, viva o comunismo!

* Mirian Takahashi é pedagoga e militante do PCB.
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Comunistas organizam UJC em Foz


A UJC começa a ser construída em Foz do Iguaçu. A organização da União da Juventude Comunista na fronteira é impulsionada com as articulações feitas para participação do V Congresso da União da Juventude Comunista, convocado para 2, 3 e 4 de abril, em Goiânia. A etapa estadual deve ocorrer em fevereiro ou março.

A mobilização da juventude no município —verdadeiramente identificada com os princípios comunistas revolucionários e não apenas como massa usada em eleições— é tarefa emergencial pelos militantes comunistas iguaçuenses. Dois comunicados emitidos pela Coordenação Nacional da UJC já são objetivo de discussão pela base local.

A organização da UJC com vistas ao Congresso impulsionará o debate sobre os problemas que atingem a juventude na fronteira. O objetivo é atuar para além das tarefas partidárias e movimento estudantil, afinal juventude comunista tem importante papel a desempenhar na área cultural, na solidariedade internacionalista, na unidade dos comunistas e na conscientização e organização de jovens trabalhadores.
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XIV Congresso reafirma reconstrução revolucionária



* Fabiano Severino

O XIV Congresso do PCB contou com participação de comunistas de todas as regiões do País, além de convidados de diversos países. De Foz do Iguaçu participaram três delegados e quatro suplentes. A participação massiva mostra força e o respaldo que o PCB tem, fruto de sua história, entre os comunistas tanto os brasileiros quanto estrangeiros.

A marca do congresso foi o partido reafirmar sua reconstrução revolucionária, deixando de vez com o etapismo que o marcou por um período de sua história, assumindo toda a sua trajetória desde a sua fundação em 1922. Ao fazer sua autocrítica, não negou em nenhum momento sua história, a de um partido que é referência na história do país.

Entender que o caminho para o Brasil só pode ser o da Revolução Socialista rumo ao Comunismo através da construção do Bloco Histórico Revolucionário. Para tanto é necessária a formação de uma Frente Anti-Capitalista e Anti-Imperialista que congregue todas as forças de esquerda revolucionária do País.

Debates – Na abertura do XIV Congresso, o Partido recebeu saudações de vinte e oito delegações internacionais, além de outros partidos, movimentos sociais, entidades nacionais com quem o Partidão tem relações.

Durante os três dias do Congresso foi intenso o debate a partir das Teses: O Capitalismo Hoje; Socialismo: Balanço e Perspectiva e A Estratégia e a Tática da Revolução Socialista no Brasil. Discussão esta que terá como fruto as resoluções que orientaram o PCB durante o próximo período.

A maturidade com que se desenvolveu o congresso é resultado de uma história de muita luta do Partidão, luta contra o divisionismo pelo qual passou e contra a tentativa de liquidação após o X Congresso. É impossível acabar com o Partidão!

Internacionalista
Dois dias antes do Congresso, o PCB organizou o Seminário Internacional com diversos partidos comunistas e outras entidades para debater a crise no sentido de apontar o caminho que os comunistas devem seguir. A ampla participação das delegações estrangeiras mostrou na prática o caráter internacionalista verdadeiro do PCB.

Documentos no site do PCB
Logo estarão disponíveis as resoluções do XIV Congresso do PCB, todas as teses e textos complementares, contribuições estão no site do partido www.pcb.org.br no link XIV Congresso

* Fabino Severino é pedagogo e militante do PCB.
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O jovem não envelhece na cidade



* Eliandro Avancini

O jornalista Carlos Luz mantém em seu blog uma espécie de lembrete de crimes contra a vida de adolescentes, ocorridos em Foz do Iguaçu. O seu painel eletrônico está quase sempre desatualizado. A quantidade de jovens com idade entre 12 e 29 anos, mortos de forma violenta, é tão espantosa que os números do blog de Luz teriam de ser atualizados a cada 2,5 dias. Entre o dia 1º de janeiro até o dia 21 de dezembro de 2009, 227 jovens haviam morrido de forma violenta. E, desses, uma boa parte assassinada com armas de fogo. Algo muito próximo à barbárie. Com isso, Foz do Iguaçu ostenta o terceiro lugar entre as cidades mais violentas do país, em homicídios de jovens de12 a 29 anos, além de ocupar a primeira posição entre os municípios do Paraná.

Um estudo acadêmico observou o discurso da imprensa local com relação a mortes de jovens. A imprensa escrita trata estas tragédias apenas como números e estatísticas, sem qualquer reflexão sobre a gravidade do problema. Um jogo de futebol, por exemplo, recebe mais atenção que a morte de uma criança de 15 anos. Pior tratamento ao caso oferece o rádio e a tevê. As abordagens não passam do senso comum, criando uma amálgama muitas vezes “justificadora” dos crimes: “era marginal”, “tinha cinco passagens pela polícia”. Assim, se transfere uma sensação mais confortável para os setores de maior prestígio social, que tendem a enxergar a violência como um fenômeno das camadas populares.

Esta realidade deve preocupar a todos. É necessário se descobrir as causas deste processo que toma tantas vidas. Obviamente, o sistema econômico cruel como é o capitalismo é a resposta mais certa e lógica. Um levantamento feito com jovens cariocas apontou que a ascensão e reconhecimento social é o fator predominante para o envolvimento da juventude com a criminalidade. O fato é que não se pode enfrentar a violência que vitimiza a juventude sem ações capazes de oferecer a esta população espaços saudáveis para a prática da convivência social e comunitária, voltada para a tolerância, o respeito e a solidariedade.

Por sua geografia e peculiaridades, Foz do Iguaçu precisa de mais atenção do setor público, tanto municipal, quanto estadual. É preciso ir além das atuais políticas pífias, principalmente, nas áreas de cultura e esporte.

A juventude, com a sua criatividade, diversidade e ousadia precisa de canais que expressem toda a sua dimensão social. Caso contrário, prevalecerá a barbárie contida em cada jovem morto. Além é claro, do fato de que Carlos Luz terá mais dificuldades em continuar registrando a perda de vidas em seu blog.

* Eliandro Avancini é professor e militante do PCB - Texto publicado na revista Escrita, edição 10
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Comitê Regional


O pedagogo Fabiano Severino foi indicado pela base municipal para ingressar no Comitê Regional do PCB. A indicação atende convite feito pelo PCB no Paraná durante o Congresso Estadual. O ingresso mostra o reconhecimento pelo trabalho de reconstrução do partido na fronteira, iniciado em março do ano passado.
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