O atraso no pagamento dos salários de dezembro e das férias dos servidores municipais na virada de ano; as tentativas de mudanças do estatuto do servidor e a greve das funcionárias do Foztrans encarregadas do Estarfi são apenas os sintomas mais recentes de uma administração pública campeã em desrespeito aos trabalhadores.
O grupo de Paulo Mac Donald Ghisi (PDT) desnuda-se em suas ações como governo não comprometido com os trabalhadores, nem os diretamente ligados à prefeitura - os servidores. A cidade está a deriva, passando da irresponsabilidade e indiferença vivida na era Silva, a planos e devaneios faraônicos da atual administração que concentra todas suas energias em tijolos e cimento.
As reivindicações do Sismufi (Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu) são totalmente ignoradas pelos mandatários de plantão. O prefeito em exercício, Chico Brasileiro (PCdoB), demonstra cada vez mais que a defesa do funcionalismo feita durante o governo Sâmis da Silva era apenas para ganhar votos na sua escalada pelo poder. Hoje, o vice-prefeito dá as costas à categoria.
Fica claro que os atuais governantes estão mais preocupados em apadrinhar os amigos do rei, pintar prédios e aparelhar a prefeitura, suas autarquias e braços sociais para fazer campanha eleitoral descarada. Fica evidente que os mandatários nunca visaram o bem comum, pelo contrário, visam apenas o bem de grupelhos que se beneficiam, como parasitas, das benesses que o erário municipal pode financiar.
O governo vem mostrando seu total desdém com os servidores municipais, que além de sofrer arrocho salarial, sofrem com o desmantelamento de setores importantes do município. A saúde tornou-se um verdadeiro funil do dinheiro público; a falta de planejamento e entendimento levaram o município a investir de forma inversa no setor, em ações priorizam a doença e não a saúde, e com pouco ou nenhum investimento na prevenção.
Outro exemplo de desgoverno e desregulamentação do serviço público é o esforço para desmantelar todos os setores de fiscalização da prefeitura, desde fiscalização de meio ambiente até de vigilância sanitária, este importantíssimo na área de saúde, mostrando-se um governo esqui-zofrênico. A criação central de fiscalização é um retrocesso, ainda não percebido, para a cidade, pois concentra poder de forma excessiva em um setor, que age, ou não, ao gosto e desgosto do administrador, punindo seus desafetos e sendo convalescente com os aliados.
Mac Donald prova que seu perfil é do bom e velho capitalista, que penaliza os trabalhadores com o arrocho salarial e retirada de direitos como forma de “economizar” para continuar investindo em seus devaneios faraônicos. Ao enviar para o legislativo a proposta de reforma do estatuto do servidor, o prefeito visa acabar com direitos adquiridos com muita luta, como ascensão salarial por tempo de serviço, que representa o único ganho real dos servidores, além de alterar dispositivo como a licença prêmio.
O PCB entende que somente a mobilização das forças progressistas da cidade pode reverter tal quadro. Teremos que conviver mais três anos de desgoverno e devaneios, mas isso não significa esmorecer na luta. Pelo contrário. É preciso somar força aos sindicatos dos trabalhadores como instrumento de luta. É preciso informar, formar e mobilizar os trabalhadores, e seguir em frente na luta diária.
PCB Foz do Iguaçu
(Imagem: Vavrova_Naked_King_HCA7)