CIRCULO CULTURAL PCB NESTE SÁBADO

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009



Filme: METEORO, uma produção Brasil / Porto Rico / Venezuela
Sinopse: A história do surgimento de uma pequena cidade chamada Meteoro, em pleno sertão baiano, a partir de grupo de trabalhadores que construíam uma estrada federal e que, após o golpe militar, ficaram esquecidos.

DATA: 12 de dezembro
HORÁRIO: 15 horas
LOCAL: Sitracocifoz (Sindicato da Construção Civil)
Rua Rui Barbosa, 542
Ponto de referência: ao lado da floricultura que fica na Av. JK, com Rui Barbosa.
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El III Congreso de la Juventud Comunista Paraguaya

quarta-feira, 14 de outubro de 2009


O III Congresso da Juventude Comunista Paraguaia contou com a participação de jovens de vários países da América Latina, dentre eles Chile, Venezuela, Argentina e Brasil. Representantes do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e do movimento campesino também participaram do evento, promovido no dias 26 e 27 de setembro, em Ita (PY).

Um dos principais debates ocorridos no congresso foi sobre os governos socialistas e populares que estão sendo fortalecidos na América Latina. Os participantes discorreram sobre Rafael Correa, Hugo Chávez, Lula e, principalmente, sobre a questão do apoio do partido ao governo de Fernando Lugo.

De um lado temos um grupo que acredita no atual governo como uma forma de transição de uma estrutura mais elitista para uma mais popular. De outro, um grupo que entende que esse mandato tem uma postura de falso esquerdismo, abandonando o compromisso firmado com os movimentos sociais de esquerda.

Quando o tema é o atual governo paraguaio as opiniões são diversas, mas no geral todos concordam que pressioná-lo é imprescindível para que algum dia o Paraguai possa viver tempos melhores e em um sistema político mais justo e igualitário. No momento da candidatura à presidência, os movimentos sociais de esquerda concordaram em apoiá-lo com três condições básicas: participação política profunda, reforma agrária integral com a participação dos movimentos campesinos e luta pela soberania nacional.

No encerramento do Congresso a imprensa esteve presente, assim como alguns representantes de movimentos políticos do Paraguai, senador Sixto Pereira, representante da embaixada cubana Luis Arturo; representante do MP 24 de Junio e um representante do P-MAS. A Juventude Comunista Paraguaia deu um tapa na cara de quem pensou que o Congresso seria mais um movimento desorganizado e esvaziado.

Congresso define nova direção da JCP
No congresso também foi definida a linha de luta da juventude para os próximos dois anos e votada a nova direção nacional da JCP.

· Álvaro Lo Bianco- Direção nacional
· Nelson Labiana- Relações Internacionais
· Cintia Vera- Tesouraria
· Jose Tomas Benitez y Aldo Sote- Movimento Campesino
· Rolando Amarilla- Movimento Obrero (trabalhadores urbanos)
· Fabrício Arnella- Movimento Estudantil
· Carlos Portillo y Nadia Staple- Suplentes

Vai vendo...
Decepcionados com tudo o que viram, os meios de comunicação elitistas na manhã seguinte já bombardearam a mídia paraguaia com matérias depreciativas com relação ao movimento comunista. As chamadas das matérias buscavam mostrar um movimento utópico e despreparado para a luta. A favor de uma unidade bélica entre os países da América Latina, descontextualizando a questão do avanço do imperialismo norte-americano e a exploração dos povos latinos. A imprensa burguesa se incomodou realmente com a organização da JCP.

Não é só aqui que existem movimentos “pseudo-revoluionários” no Paraguai também tem... A imprensa para mostrar que o congresso foi invalidado, contou a todos que Camilo Soares, representante de um partido pelego de muita aceitação, foi convidado e não compareceu no evento, mandando um representante seu. É lógico que não podemos nos fechar para o mundo e rachar com todos os “pseudo-comunistas”, mas que a participação da burguesia em movimentos populares e REVOLUCIONÁRIOS é questionável em diversos aspectos.

Tapa na cara da burguesia....
Congratulo a organização e a organicidade da juventude comunista paraguaia, por não desistirem da luta por um mundo mais justo...
Só para não perder a linha deixo um único pensamento:
“PROLETÁRIOS DE TODO MUNDO, UNI-VOS!”

Saudações revolucionárias...
Ana Carolina Miskalo- UJC
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Um passo à frente

domingo, 20 de setembro de 2009


Compreender a conjuntura estrutural da sociedade não é tarefa fácil, porem aquietar-se diante da situação do capitalismo atual, que no seu seio só produz desgraças e mazelas, tanto material e espiritual (no sentido da construção de um homem novo, independente, pleno), requer reflexões e principalmente movimento organizado e conciso que levem à superação do modelo econômico e social atual para outro que podemos afirmar; mais humano.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), em Foz do Iguaçu, deu no dia 05 de setembro sua contribuição rumo à mudança da conjuntura atual. Reuniu seus militantes, para juntos, debater e compreender temas como: a função do Partido Comunista na atualidade; a questão da esquerda na América Latina; e a situação histórica e atual de Foz do Iguaçu neste contexto. As atividades se estenderam durante todo o dia, com a contribuição da direção estadual do partido e também camaradas do Paraguai e do MST.
Fundamentalmente esta conferência colocou o PCB/Foz, em movimento. Sua militância, neste momento, passará a atuar com maior presença e vigor na política local, o que representará uma alternativa à sociedade iguaçuense na reflexão do cotidiano de nossa cidade. É preciso romper com análises e afirmações que legitimam administrações públicas que levam a cidade a uma condição crescente de penúria, as quais descartam e desrespeitam os seus cidadãos trabalhadores com inverdades, que faz da cidade propriedade privada das velhas oligarquias locais e não dos trabalhadores.
Portanto, chegou a hora de uma maior inserção do Partido nos movimentos populares e sociais da cidade como: de juventude, de bairros, de sindicatos, etc., sabendo que tal tarefa requer tempo, pois a desconstrução de certas inverdades nos custará muito trabalho. Pretende-se que tal movimento leve a classe trabalhadora à maior consciência da realidade, construindo um movimento classista de fato.
Ademais, outro evento pontual para a vida do Partido se aproxima que é a eleição para Presidente, Governador, Senadores e Deputados Federais e Estudais, embora o PCB tenha clareza que é um mero referendo de legitimação do status quo burguês, tal evento propicia condições importantes de acesso e comunicação com a população, até mesmo para marcar diferenças ideológicas presentes entre vários grupos políticos.
O que fica claro é que o PCB ao reorganizar-se, tanto nacionalmente em 2005 e agora em Foz do Iguaçu, mostra que o seu vigor revolucionário está mais forte que nunca, dando ao Partido outro patamar de responsabilidade política.
Como lembrou Fabian, camarada paraguaio, parafraseando Marx e Engels: um fantasma volta a rondar a tríplice fronteira: o fantasma do comunismo.

Saudações Comunistas!

Eliandro Avancini
Secretário Político – PCB/Foz
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Defesa do trabalhador marcou conferência do PCB


Conferência teve participação de dirigentes do PSOL (José Elias Aiex Neto), PSTU (Isabel Cristina Ramos), MST (Nildemar Silva), Partido Comunista Paraguaio (Fabian Franco), do PCB de Cascavel, (Gilberto Carlos Araujo e Ivan José de Pádua), PCB no Paraná (Amadeo Felipe), além de representantres de sindicatos, educação e de organizações sociais.

José Elias Aiex Neto, presidente do PSOL, denunciou as
mazelas do capitalismo sobre a saúde do trabalhador.


Amadeu Felipe, secretário político do Comitê Regional,
coordenou o debate sobre a crise do capitalismo.





Professor Geraldo Magella Neres (Unioeste), falou sobre a
"Função do Partido Comunista no processo revolucionário".










Secretário político do PCB em Foz do Iguaçu, Eliandro Avancini, apresentou a reorganização do partido na cidade, ocorrida em março de 2009, e enumerou as ações recentes dos comunistas.

































































Pedagogo Fabiano Severino mostrou os reflexos
da crise do capitalismo em Foz do Iguaçu.


Fabian Franco, do Partido Comunista Paraguaio,
discorreu sobre a esquerda na América Latina.




Nildemar Silva, dirigente do MST no Oeste do Paraná, alertou
que o trabalhador já está pagando caro pela crise do capitalismo.
Leia denúncia feita pelo sem-terra.






























































































































































































































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“O trabalhador está pagando a conta”, diz líder do MST


“A conseqüência da crise é o saque de recursos da nossa economia, de recursos naturais, dinheiro e riquezas. O trabalhador está pagando a conta”. A frase é Nildemar Silva, um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Oeste do Paraná, realizada durante a Conferência Municipal do PCB (Partido Comunista Brasileiro), no sábado passado, em Foz do Iguaçu.

Um exemplo do “pagamento” é visto no Rio Grande do Sul, onde 36 mil operários do setor siderúrgico foram demitidos em menos de seis meses. “É muita gente para uma única metrópole, a sétima do Brasil. Imagine, então, São Paulo quantas pessoas ganharam as contas”, provocou o sem-terra. “É uma situação insustentável. É uma crise do modelo econômico e de sociedade que não se sustenta mais”, disse o dirigente do MST.

Além de demissões, os donos do capital usurpam os trabalhadores de outras maneiras, como o corte de direitos e criação de mecanismos perversos aos trabalhadores, citou Nildemar. “O banco de horas é uma das formas de escravidão do trabalho. É pior que ficar no tronco sendo chicoteado. No tronco, você sabe que vai morrer, no banco de horas, você nem sabe quando vai morrer”.

Para piorar o cenário de crise, a classe trabalhadora está anestesiada, visto que alguns setores dos trabalhadores urbanos não se enxergam como classe. Esse falta de identidade dificulta a resistência à ofensiva dos patrões, completou Nildelmar. Simplesmente porque os trabalhadores hoje se vêem como empreendedores ou colaboradores, não mais como funcionários.

"Nós, como classe trabalhadora, precisamos construir uma unidade de luta no Brasil, aglutinando partidos de esquerda, movimentos populares, movimentos de esquerda, no sentido de construirmos uma proposta de sociedade. O nosso sonho é o socialismo. O socialismo é o nosso horizonte, mas como chegar até ele?. Precisamos construir essa plataforma, porque os trabalhadores não têm isso claro", apontou.

E O MST COM ISSO? – Durante a conferência do PCB, Nildemar Silva aproveitou para esclarecer porque a área de atuação do MST está para além da reforma agrária. “Muita gente acha que devemos ficar restritos ao campo, porém, nós, militantes sociais, sabemos do nosso papel em ajudar na transformação, em fomentar o processo de luta e o debate, enfim, em organizar a classe trabalhadora”.

Criado em Cascavel, no Oeste do Paraná, o MST completa 25 anos em 2009. Hoje, sua luta não é apenas pela reforma agrária, mas sim a luta por mudanças sociais no País. O movimento busca construir um debate, inclusive, para refletir os caminhos do Brasil, que avança sobre a cultura e soberania de outros países, ganhando status de império diante de outras nações menores, discursou Nildemar.

“De antemão queremos dizer que somos contra a idéia de vender pele de frango na África como carne. Os africanos têm direito a comer carne saudável. Nós, aqui do Oeste do Paraná, estamos mandando pele de frango para lá como se fosse carne”, denunciou o dirigente do MST, ecoando a denúncia levantada na 8ª Jornada de Agroecologia, realizado no mês de maio, em Francisco Beltrão.




Conferência do PCB foi realizada no Sismufi no sábado, 5
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Organização revolucionária

sábado, 29 de agosto de 2009



Partido Comunista Brasileiro realiza Conferência Municipal no dia 5 de setembro em Foz do Iguaçu

Setembro será determinante para o Partido Comunista Brasileiro em Foz do Iguaçu. O PCB realizará sua Conferência Municipal no sábado, 5 de setembro. Durante o evento, os comunistas debaterão a conjuntura política internacional, nacional e local, e lançarão o XIV Congresso Nacional. O objetivo é chegar a uma postura política clara e independente sobre os rumos do partido, que foi reorganizado recentemente na cidade.

O partido faz o convite a todos cuja indignação revolucionária se faz presente a participarem das atividades da Conferência Municipal, na qual se debaterão temas como a crise do capitalismo; a esquerda na América Latina, a formação de Foz do Iguaçu e dos movimentos de esquerda na cidade; a função do Partido Comunista.

A proposta da conferência é marcar toda diferença ideológica e prática que há entre grupos políticos na cidade. É necessário mostrar que o velho marxismo continua atual e que a proposta revolucionária de transformação social não pode ser trocada pelo comodismo do poder burguês local, tanto no parlamento como na administração.

O PCB entende que é preciso discutir profundamente a realidade do município: interiorano e cosmopolita ao mesmo tempo, com acentuadas diferenças culturais, sociais étnicas e também políticas. Para isso, pretende apresentar na conferência temas sob ótica revolucionária, rejeitando os remendos apresentados pelos governantes como transformadores da realidade.

PROGRAMAÇÃO

5 de setembro (sábado)
Local: Sismufi

Manhã - 9 horas
* Função do Partido Comunista no processo revolucionário.
Geraldo Magella Neres, professor
* A esquerda na América Latina
Dirigente do Partido Comunista Paraguaio

Tarde - 14 horas
* A crise do capitalismo
Amadeu Felipe, secretário político do Comitê Regional.
* A formação histórica e política iguaçuense
Aluizio Palmar, jornalista e militante comunista.
* Reflexo da crise do capitalismo em Foz do Iguaçu.
Fabiano Severino, pedagogo e militante comunista.
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Fratura no bloco histórico das classes dominantes do Brasil: em direção da hegemonia?


Nos últimos 20 anos, com o fim da Ditadura Militar, a vida política brasileira vem se transformando num fardo cada vez mais pesado para a grande maioria da população. No entanto, mesmo tendo se tornado enfadonha é preciso tirar da situação elementos pedagógicos importantes para se pensar a ruptura ao status quo. Sem entrar diretamente no debate sobre os limites ou avanços do Regime Democrático de Direitos, formalmente vigorante no país, deve-se ressaltar que somente a partir de tal forma de organização político-estatal os brasileiros puderam acompanhar de modo ininterrupto parte dos conflitos existentes entre os representantes político-ideológicos de suas classes dominantes.

Todavia, a percepção mais ou menos clara que as classes subalternas têm dos embates políticos e ideológicos, verificados no âmbito dos intelectuais orgânicos das classes dirigentes, está restringida a uma dimensão específica da dominação de classe no Brasil, isto é, a chamada questão da corrupção dos políticos.

Obviamente que esta situação não é nova no país. O problema da promiscuidade entre público e privado nunca foi um obstáculo à manutenção do poder político-econômico das elites. Nem os setores burgueses, nem muito menos os setores representantes da economia baseada no latifúndio, enxergaram (e enxergam) problema na ausência de uma organização racional que separasse as dimensões econômico-corporativa e político-pública. A distinção do que seja privado ou coletivo nunca significou questão séria à acumulação de capital no Brasil. Talvez, por isso, a historia da política das classes dominantes brasileiras seja marcada mais pelo uso da força do que pelo auxílio do consenso, em relação aos subalternos. A falta de um projeto hegemônico consistente nunca foi impedimento para as elites se manterem no aparelho estatal e, por meio dele, fortalecerem seus poderes políticos e econômicos no interior da sociedade civil. O recurso predominante da violência sobre os descontentes sempre foi o suficiente.

Essa herança histórico-nacional de cunho conservadora, certamente continua presente e atuante no cenário político-social. Entretanto, alguns elementos novos parecem estar fazendo parte da questão. Ao que tudo indica, hoje, as correlações de forças existentes no interior do bloco histórico burguês brasileiro estão apresentando algumas evidências singulares.

Até o governo Fernando Henrique Cardoso, o domínio de classe tradicional composto pelo novo e o velho – isto é, por setores representantes das novas formas de acumulação e exploração, como o financeiro, e as velhas formas de poder político-econômicas baseadas em relações arcaicas dos coronéis – respeitou a herança. Até a gestão marcada pela aliança PSDB-PFL, o convívio desses setores dominantes se deu sem grandes fraturas no interior do bloco de dominação intelectual e moral.

Com a ascensão do PT ao poder executivo, essa situação sofreu algumas alterações. Foi a primeira vez na história brasileira que um partido político claramente vinculado ao movimento operário chega à presidência do país. Mesmo não sendo um governo de ruptura ao sistema capitalista, o fato é que a administração petista alterou o jogo político. Justamente por ter um vínculo com as classes subalternas, sem, porém, ter como horizonte a superação do sistema do capital, o PT forçou algumas modificações no bloco de dominação das elites. Neste tabuleiro de xadrez, parece existir uma nova força político-social se movimentando, no âmbito das classes dominantes. De início, pode-se dizer que, mesmo confusa e incipiente, parece estar se projetando um certo setor da burguesia realmente preocupado com a construção de uma hegemonia político-cultural no país.

Essa alteração, porém se apresenta repleta de complexidades, contradições, avanços e recuos. O chamado governo de centro-esquerda que caracterizou o início do governo Lula, aos poucos foi se desmanchando. Em nome da chamada “governabilidade”, o PT não só expulsou seus membros mais à esquerda, como também forçou a saída de alguns importantes membros mais simpáticos à social-democracia. O PT no poder não só fez surgir o PSOL, como também fortaleceu outros partidos como o PDT. Ao mesmo tempo, antigos inimigos políticos, como o ex-presidente Fernando Collor de Melo, passaram a se aproximar do governo. Neste sentido, os aliados de ontem se tornaram os adversários de hoje e vice-versa. A aliança com o setor mais perigoso do PMDB, com marcas de banditismo, também distancia ainda mais o PT atual do inicial.

A diferença fundamental entre o governo FHC e o Lula, derivada desse vai-e-vem da política, é que este último fortaleceu as bases político-ideológicas de um setor da burguesia interessada também no consenso ativo das massas. Até porque, o governo petista provou que é possível governar o país com amplo apoio das massas populares, sem, no entanto, pôr em risco os interesses de setores importantes das elites. A violência sobre os movimentos sociais, por exemplo, deixou de ser um elemento predominante, mas não inexistente, em prol do diálogo.

Todavia, esse movimento fortalecido pelo PT não está sendo defendido apenas pelos seus quadros. A dinâmica, precariamente resumida aqui, revela que membros de outros partidos também passaram a expressar o interesse em combater os setores mais raivosos e golpistas das elites econômicas. Isso fica evidente no interior da recente crise do Senado Federal.

Acusado de quebra de decoro parlamentar, o presente José Sarney passou a enfrentar fortes pressões de vários senadores para sua saída do cargo. E aqui, o apoio do presidente Lula a Sarney só demonstra o momento de transição em que as forças políticas brasileiras passam. Lula precisa do apoio de Sarney, mas este não está interferindo de modo significativo na condução do processo histórico-político-social do país, efetivado por aquele.

Entre os defensores do afastamento de Sarney, merecem destaque os senadores Pedro Simon (PMDB) e Cristovam Buarque (PDT). Da tribuna do senado federal, ambos pediram a saída do presidente denunciado. No entanto, isso foi feito não em nome das classes populares e da maioria da população, mas em nome da preservação do Congresso e da Democracia Burguesa, buscando uma saída racional para o problema. Saída essa que desemboca em preocupação com a hegemonia. Na verdade, esses senadores expressam um grande receio das forças populares. Possuem um grande medo do movimento que pode surgir da sociedade em defesa de um Estado não corrupto. Aqui fica evidente o recurso tático da velha política, sempre utilizada pelos representantes conscientes das elites: “precisamos mudar para tudo continuar igual”. Portanto, o que eles defendem não é o fim da democracia liberal-burguesa, mas a sua manutenção – só que a partir de outras bases: mais consenso, menos coerção. Este último elemento é representado muito claramente em falas tanto de senadores como Renan Calheiros e Fernando Collor – defensores de Sarney e aliados de Lula. Entretanto, suas forças estão restritas à pequena política e a mediocridade. Não possuem projetos político-sociais quaisquer para o país. É justamente por isso que o governo Lula continua conduzindo o processo. A aliança que fez com os setores arcaicos do país, limitou-se a grupos de políticos sem qualquer formação capaz de apresentar uma proposta simples para a solução da crise econômica, por exemplo. A força que têm internamente no senado é o importante, isto é, os votos que encaminham ao governo. Nada mais. Por isso, o projeto petista de governar, sem auxílios programáticos dos coronéis não sofre alterações.

O PT e parte de sua oposição defendem o mesmo: uma nova forma de dominação de classe, muito mais sustentada no consenso ativo do que na violência. Domínio muito mais sofisticado sobre as classes subalternas. Historicamente mais avançado do que o banditismo dos coronéis, porém muito mais complexo para as classes populares pensarem suas próprias alternativas. No interior da sociedade civil, existem inúmeros setores que estão direta ou indiretamente de acordo com essa possibilidade de fortalecimento de um programa de dominação baseado em uma específica hegemonia. Grande parte dos movimentos sociais dos diversos tipos, dos sindicatos, dos partidos, das ong’s, de grupos de intelectuais, da imprensa, entre outros, tendem a aceitar tal programa liderado pelo PT e sua base social e de classe – burguesias do setor produtivo e massas de desempregados.

Ao que parece, o governo Lula ocupou um espaço, até então vago na política nacional, entre o conservadorismo tradicional e as forças de esquerdas mais radicais. E ao ocupar tal lugar, a administração petista acabou convencendo tanto as massas populares quanto inúmeros setores das elites sobre a possibilidade de se governar a partir de um pacto nacional. O grande porta-voz de tal forma de dominação, certamente é o próprio presidente. Ele difundiu sobre a sociedade civil o modo de governar baseado no consenso, no diálogo, na união entre os donos de capital “responsáveis” e as classes subalternas, etc. E a sua eficácia é de tal ordem que Lula acabou criando um novo senso comum, não só entre os subalternos mas também entre os capitalistas crente no domínio a partir do convencimento intelectual e moral. Com essa postura, não apenas os intelectuais de esquerda como também os conservadores tradicionais acabaram ficando amplamente frágeis em suas representações de classe. Afinal, Lula conseguiu retirar, para a sua base de sustentação, parte considerável das classes subalternas e das classes dominantes. E esta construção hegemônica obviamente atingiu os representantes político-culturais de ambos os lados. Muitos intelectuais orgânicos tanto das classes dominantes quanto das classes dominadas foram incorporados pelo caminho apresentado por este PT. Daí a pouca força tanto da oposição de direita quanto de esquerda. A prova de que a hegemonia dos petistas já foi enraizada nos setores populares, foi dada com a crise do chamado “mensalão”. Mesmo com toda pressão de poderosos grupos conservadores da sociedade civil, exigindo a renúncia do presidente, este acabou saindo ileso da situação. A força destes descontentes pode ser medida pela queda de importantes nomes do governo, mas o presidente não foi atingido. Sua popularidade se manteve alta.

Este é um dado que os comunistas sentem em suas atividades práticas: como convencer o popular dos limites do governo Lula? De qualquer forma, o PCB, adversário histórico do PT, está aos poucos construindo um programa alternativo, juntamente com as classes subalternas do Brasil. Encontrando um espaço político-social de atuação prático-intelectual possível, o PCB parece representar hoje as forças hegemônicas do futuro. Superar essa hegemonia petista, já posta em movimento na vida social, não será tarefa fácil, ao contrário será extremamente complexa. De início, deve-se compreender se as forças petistas já alcançaram o seu limite político-cultural perante a sociedade, ou se eles ainda estão avançando. É preciso identificar claramente isso para que o Partido tenha êxito em seu trabalho político.

Diante de todo esse contexto, uma instituição da sociedade civil que merece um comentário especial é a imprensa. Já não é espanto para ninguém o fato de a imprensa ser vista como um poderoso partido político. Em nome da neutralidade, grande parte das revistas, dos jornais impressos e televisivos, dos rádios, etc., defende permanentemente uma determinada visão de mundo. Visão esta sempre atrelada à manutenção do sistema capitalista. Sempre satanizando todo e qualquer movimento popular e democrático seja nacional ou estrangeiro. No entanto, ela também apresenta suas contradições. Muitas vezes provocadas mais por uma debilidade intelectual e moral do que por uma indecisão na defesa de uma ou outra classe social. Praticamente todos os setores criticam permanentemente a corrupção dos políticos, acusando-os de anti-democráticos, anti-éticos, etc., no entanto, a grande imprensa brasileira é uma das mais anti-democráticas do mundo, uma das mais anti-éticas. No caso do governo Lula, apesar de alguns poderosos setores de extrema direita, uma parte significativa e de ampla inserção social, vem tendo posicionamentos não muito definidos. Ora apoiando, ora agredindo. Este é o sinal de que parte dela está indecisa, mas ao que tudo indica também está sendo cooptada pelo projeto petista de hegemonia. Na primeira disputa eleitoral de Lula, em 1989, quando a sua marca de líder operário era muito forte, houve uma verdadeira sabotagem dessa mesma imprensa que hoje o apóia. Esse certamente foi um dos motivos que fizeram ele não se tornar presidente naquela época. Ainda tinham medo dele. Agora a situação é diferente. O seu governo já provou que é possível representar os miseráveis e os empresários. Essa idéia de que a imprensa é um poder que fiscaliza externamente o Poder não é correta. Suas atividades sempre expressaram determinados valores e idéias e, neste sentido, defenderam esta ou aquela classe social. Como o governo Lula não só deixou de representar uma certa esquerda, como também indicou um novo caminho de dominação das classes dominantes brasileiras, importantes setores da imprensa são bastante simpáticos ao seu governo. Fato esse de fundamental importância para se entender, hoje, tal instituição da sociedade civil. Atualmente, esta também quer criar uma hegemonia das classes poderosas, quer a dominação por meio do consenso e não aquela baseada exclusivamente na violência. Afinal, a censura é uma das principais marcas do governo baseado na violência. E isto é extremamente prejudicial ao trabalho do jornalista. Nossa imprensa descobriu que o seu trabalho pode ser mantido, mesmo diante dos antagonismos de classes existentes no sistema capitalista – uma vez colocada em prática uma forma de dominação específica. E esta foi posta em prática por Lula. Com o PT no poder, o medo de uma grande revolta popular desaparece – afinal, este está sob aparente controle – e ao mesmo tempo, tem-se a segurança da permanência do capitalismo. Com isso, a hegemonia petista trouxe para sua orbita parte importante da imprensa, dando-lhe ampla penetração sobre a sociedade civil. Isso explica parte do senso comum criado por este governo. Hoje, a imprensa se sente parte integrante não apenas do poder, mas um dos principais meios de manutenção do mesmo (consenso ativo).

Claudio Reis é militante do PCB em Foz do Iguaçu.
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Militantes estudam teses do Congresso Nacional

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Organizar, Estudar e Lutar! Sob essa bandeira aprovada no XIII Congresso do Partido Comunista Brasileiro é que o PCB Foz vem se reorganizando desde março deste ano. Além do Círculo de Formação destinado aos seus membros, e do Cinema aberto aos amigos e simpatizantes, o Comitê Municipal durante os meses de julho e agosto promoveu um grupo de estudos sobre as Teses para o XIV Congresso Nacional do Partido Comunista Brasileiro, que será realizado no período de 9 a 12 de outubro no Rio de Janeiro. O estudo está pautado nas teses: O Capitalismo Hoje; Socialismo: Balanço e Perspectivas e A Estratégia e a Tática da Revolução Socialista no Brasil.

Além da preparação para o Congresso Nacional, este estudo tem servido como preparativo para a Conferência Municipal do PCB Foz que será realizada em 29 de agosto. Com a realização de sete encontros para o estudo das Teses e com a participação de grande parte dos militantes, utilizou-se dos momentos para ampliar a leitura das Teses à realidade regional e local como exercício do pensamento marxista.

Mais uma vez o PCB Foz mostra na prática a importância e o caráter de uma formação sólida pautada no marxismo-leninismo e objetivada à atuação prática, reforçando a bandeira: Organizar, Estudar e Lutar!
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“A revolução...” num sábado gelado

domingo, 26 de julho de 2009


“A revolução dos bichos” parou no círculo cultural do PCB em Foz do Iguaçu no sábado passado (25). A sátira ao stalinismo escrita por George Orwell, transformada em filme pelas lentes do diretor John Stephenson, foi assistida pelos militantes do Partidão como mais uma ação do projeto voltado às atividades culturais.

Escritor, jornalista e militante político, Orwell participou da Guerra Civil Espanhola na milícia marxista/trotskista e foi perseguido, junto aos anarquistas e outros comunistas, pelos stalinistas. A obra em questão foi escrita em 1944 e demonstra sua critica ao governo de Stalin.

A sessão de vídeos (filmes, documentários, etc) é promovida sempre no último sábado de cada mês. A entrada é gratuita, com direito a café para espantar o frio. Além de fundamental para os militantes do PCB, o evento é aberto a todos amigos do Partido Comunista Brasileiro em Foz do Iguaçu.

Estréia – O círculo cultural do PCB iniciou em junho com a exibição do documentário “Jornal Nosso Tempo: um marco da resistência democrática em Foz do Iguaçu”, produzido pelos jornalistas Carlos Luz e pela jornalista Thays Petters. A dupla reuniu em 34 minutos entrevistas, reproduções de capas do veículo, além de fotos e trechos de vídeos históricos.





Os fundadores do jornal, Aluízio Palmar, Juvêncio Mazzarolo e Adelino de Souza, e o último proprietário, Adão Almeida, contam, no documentário, a trajetória de lutas do jornal --marco na imprensa iguaçuense. O veículo é referência na comunicação alternativa e popular, tendo circulado de 1980 e 1994 em Foz do Iguaçu.

Após a exibição do documentário, o público discutiu a liberdade de imprensa, o papel de jornalistas nas lutas populares, a derrubada da exigência do diploma de formação superior para o exercício da profissão de jornalista. Carlos Luz também relatou que atualmente a trajetória da imprensa iguaçuense é tratada com descaso pelos governantes, que não se importam com a preservação da história da mídia local.






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Comunistas da tríplice fronteira unificarão lutas

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Militantes do PCB e PCP promovem ato político em Foz do Iguaçu (PR)

Camaradas do PCB e Partido Comunista Paraguaio (PCP) estiveram reunidos em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, com o objetivo estreitar os laços entre os comunistas dos dois países. A reunião aconteceu em 4 de julho, após os contatos realizados durante o Congresso Unitário Popular, realizado em Assunção no mês de junho. O próximo passo é o contato com os camaradas argentinos, que deve ser feito em agosto.

Participaram da reunião Fabian Franco (secretário nacional da Juventude Comunista Paraguaia), Nelson Maidana (secretário político regional do PCP); Natalia Correa (membro do Frente Cultural do PCP); Mariano Gonzalez (membro do PCP e filho de desaparecido da ditadura paraguaia Ruben Gonzalez Acosta), Andrea Taboada (membro da Secretaria Regional Alto Paraná do PCP).

Do lado brasileiro participaram militantes do PCB em Foz, João Albuquerque, Eliandro Avancini, Silvana Souza, Francisco Bertok, Maria Cecília Braz Ribeiro de Souza, Irma Rodriguez, Antonio Fernandez, Carol Miskalo. O ato político teve felicitações dos Secretários Geral dos dois paises, Najeeb Amado, Paraguai e Ivan Pinheiro, Brasil.

Os participantes enfatizaram a necessidade de uma pauta comum de atividades dos comunistas da fronteira. A idéia é montar uma coordenação local contando com representantes dos três países (Brasil, Paraguai e Argentina) para facilitar e agilizar as comunicações e lutas. O primeiro intercâmbio oficial será a participação dos camaradas paraguaios na I Conferência Municipal do PCB, de Foz do Iguaçu e no lançamento do XIV Congresso Nacional, que acontecerão em agosto.

Para o Secretário-Geral do PCB, Ivan Pinheiro, este encontro “é um fato que marca a postura internacionalista do PCB”, congregando assim a política adotada pelo partido na luta pelo socialismo. Para o Secretário Político de Foz, Eliandro Avancini, isso mostra que “a luta por um novo mundo é comum à todos, independente de sua nacionalidade”, pois o inimigo é comum é o capital que não reconhece fronteiras na sua gana de exploração dos trabalhadores.
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PCB - Foz repudia golpe de Estado em Honduras

quarta-feira, 8 de julho de 2009


O Partido Comunista Brasileiro, Comitê Municipal de Foz do Iguaçu, repudia o golpe de Estado orquestrado pela burguesia oligárquica e perpetrado pelas Forças Armadas corruptas, que destitui o presidente constitucional de Honduras Miguel Zelaya.

Solidarizamo-nos com o povo hondurenho diante do rompimento da ordem institucional e da imposição do obscurantismo arbitrário das elites econômicas, políticas e militares a sociedade deste país. Manifestamos nosso repúdio à opressão da classe trabalhadora, as prisões, torturas e assassinatos de líderes e militantes dos movimentos sociais, populares, estudantis, indígenas e sindicais pelos militares.

O modelo neoliberal esgotou-se em nossa América, o desenvolvimento econômico de uma nação não justifica a exploração de outra. Não há lugar para o medo e ditaduras militares em nosso continente. Novos valores sociais, culturais e econômicos solidários surgiram. Nossa integração caminha aceleradamente, apesar de dificuldades impostas pelas elites econômicas sub-imperialistas de nossos países. A LBA - Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, a UNASUL – União de Nações Sulamericanas, o MERCOSUL – Mercado Comum do Sul, e vários outros mecanismos fomentam a integração regional e continental nos âmbitos social, econômico, cultural e geopolítico.

Estamos irmanados na busca por uma solução que restitua a ordem constitucional em Honduras e a paz a seu povo. Conformamos a Pátria Grande e nossos povos rechaçam o golpe de Estado e exigem o julgamento dos envolvidos e o retorno imediato à presidência da República de Honduras de seu presidente Miguel Zelaya.


Chamamos as classes trabalhadoras de nossos países a estarem alerta, pois o golpe de Estado em Honduras é apenas um ensaio e pode ser tentado em outros países da região.
O que este golpe militar demonstra é que somente um povo armado pode defender a sua democracia. Lutemos por uma América livre, justa e igualitária.

Viva Honduras! Viva o povo hondurenho! Viva o socialismo

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Cenas do Dia do Trabalhador na Praça

quarta-feira, 27 de maio de 2009


O Partido Comunista Brasileiro deu mais um importante passo na sua reorganização em Foz do Iguaçu. O PCB teve papel fundamental na realização do ato público do Dia do Trabalhador, promovido na Praça da Bíblia. O manifesto foi organizado em conjunto com os aliados do campo da esquerda e classista: MST, Guatá - Cultura em Movimento, APP-Sindicato, Conlutas, Casa do Teatro, Sindicato dos Jornalistas. Juntos, os militantes buscaram resgatar o verdadeiro significado da data: ir para as ruas e marcar o dia de luta. Clique aqui para ler mais.


Evento foi realizado na Praça da Bíblia


Liderança do MST veio de São Miguel para engrossar ato público


Essa crise não é dos trabalhadores


Sem-terra presentes na mobilização


Juventude mostrou sua força


Guatá - Cultura em Movimento levou para a praça a exposição "Terra", de Sebastião Salgado


Grupo Arte em Si fechou o manifesto com a apresentação da peça "Operário em construção", de Vinicius de Moraes








Fotos: Adilson Borges e Wemerson Augusto
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O PCB no 1º de Maio em Foz




* Claudio Reis

O Dia do Trabalhador foi marcado por inúmeros eventos na Cidade de Foz do Iguaçu. O que mais expressou as reais necessidades dos trabalhadores, porém, deu-se na Praça da Bíblia, organizado por entidades e grupos sociais de fato preocupados com a situação econômica e política atual de todos aqueles que vivem do trabalho.

As entidades presentes foram: APP-Sindicato (Foz do Iguaçu), Casa do Teatro, Conlutas, Guatá – Cultura em Movimento, Intersindical, Sindicato dos Jornalistas (Foz do Iguaçu), PCB (Foz do Iguaçu), PSTU, PSOL e o MST (Movimento dos Sem Terra). Todas se concentram no local referido para expressarem seus pontos de vista sobre a urgência da organização e fortalecimento dos trabalhadores, neste contexto de profunda crise econômica.

O fato do evento não ter conseguido aglutinar um número de pessoas significativo, não foi surpresa – tendo em vista a ainda pouca inserção das organizações contrarias ao sistema atual, entre os subalternos. Para o PCB, na verdade, o mais importante foi ter ido às ruas, colocando em movimento os seus militantes. Prática política pouco desenvolvida em alguns, mas que também entre os mais experientes deve servir como uma forma de colocar em atividade novas perspectivas político-programáticas.

Neste sentido, o momento foi de fundamental importância para ambos. Criar e recriar uma concepção de militante que atenda as especificidades da realidade contemporânea é uma tarefa essencial ao partido revolucionário de hoje. O posicionamento do PCB nas correlações de forças políticas e culturais que estiveram atuando no processo de organização do evento foi de destaque. E isso deve ser pesando detalhadamente pelo grupo, no sentido de compreender os motivos para tal destaque. Força numérica em relação a alguns envolvidos? Organicidade entre os seus militantes?

Independentemente de respostas afirmativas, ainda é muito precoce afirmar que nós fomos hegemônicos neste processo. Ainda é preciso nos afirmarmos como grupo, como partido. Ainda é preciso estabelecermos uma unidade intelectual capaz de nos transmitir a necessária força argumentativa, diante tanto dos opositores estruturais quanto dos aliados. Ainda é preciso dar vida ao debate interno, sincero e democrático, único capaz de nos fornecer os elementos teóricos e práticos fundamentais para os trabalhos futuros.

Sobre este aspecto, o PCB de Foz do Iguaçu ainda está frágil quando comparado a certos partidos e entidades locais que, mesmo em desvantagem em termos de energia prática, possuem uma unidade intelectual de maior precisão. As próximas atividades do PCB devem ter como orientação esse desafio: o de se organizar internamente. Processo que provavelmente será marcado pelas divergências políticas, mas que apesar da complexidade deve apontar para uma síntese programática. Os resultados de tal processo serão determinantes para a viabilidade ou não do partido enquanto instrumento revolucionário de alcance popular.

Não podemos nos perder no emaranhado de questões que marcam a pequena política. É preciso nunca perde vista a grande política, isto é, a construção do novo Estado das classes revolucionarias e a transformação radical da história. Como a mudança profunda da vida social não se dá por meio do divino e nem através de leis naturais, é preciso trabalhar no sentido da difusão da vontade revolucionária entre os explorados pelo capital. Trabalho que enfrentará inúmeras questões políticas e culturais extremamente complexas e delicadas. Problemas centrais que deveram ser debatidos permanentemente pelos militantes.

* Claudio Reis é militante do PCB/Foz do Iguaçu.
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PCB em união aos trabalhadores da educação

quinta-feira, 30 de abril de 2009


Claudio Reis

Em 24 de abril de 2009, o Partido Comunista Brasileiro esteve presente no ato político organizado pela APP-Sindicato/Foz do Iguaçu, em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade. O evento ocorrido na Praça do Mitre, na verdade fez parte de uma paralisação nacional dos trabalhadores da educação, tendo vários pontos de reivindicação.

Entre as cobranças estavam o aumento do piso salarial; a solução dos aprovados no último concurso para a área da educação, mas que foram considerados estranhamente inaptos pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná; a melhoria nas condições de trabalho dos professores, como o aumento das horas para o planejamento das atividades pedagógicas; etc.

Com a presença de aproximadamente 200 pessoas, houve, logo após a concentração inicial na referida Praça, uma caminhada por parte da região central. Momento em que houve panfletagem, antes já ocorrida entre os professores, para convidar toda a população para o evento que ocorrerá em 1º de Maio – dia do Trabalhador.

O PCB apóia não só fisicamente mas também moralmente, todas essas reivindicações dos trabalhadores vinculados à educação, com destaque para aqueles do setor público. Obviamente que os problemas da educação brasileira são muitos e complexos. Passam não apenas por questões salariais ou de estrutura física das escolas, mas também pela pouca participação política dos profissionais envolvidos, etc.

E o interessante é que aparentemente a luta por uma educação gratuita e de qualidade é vista pela sociedade a partir de um forte respeito e legitimidade. Diferentemente de outros movimentos político-sociais que ainda recebem fortes manifestações de rejeição, a luta por uma melhor educação não cria tal reação. No entanto, essa legitimidade é apenas aparente ou, no mínimo, está fundada em princípios equivocados.

Certamente os problemas que envolvem a educação brasileira estão relacionados a inúmeras complexidades. Uma delas está vinculada há um fato ocorrido no evento do dia de hoje. Durante a caminhada dos professores pelas ruas do Centro de Foz do Iguaçu, surgiu o seguinte comentário de um motorista que passava: “Os professores são muito castigados.”

De certo modo, a grande legitimidade que o movimento de defesa de uma educação de qualidade possui no Brasil, perante a sociedade é justamente por isso, isto é, por serem vistos como “coitadinhos”. Como se o fato de lecionar no Brasil fosse um verdadeiro castigo. Esse é um elemento cultural que deve ser combatido pelas forças progressistas que compõem e apóiam o movimento de melhoria da educação no país, pois ao contrário a luta político-social destes trabalhadores nunca será reconhecida e absorvida pela população e até mesmo pelos envolvidos diretamente, da forma como em alguns casos ela se apresenta. Nunca será visto como um movimento crítico e contrário à ordem social e econômica estabelecida. Sempre será entendido como um grupo social que, devido ao permanente suplício, deve ter como obrigação receber para satisfazer suas necessidades toda e qualquer “boa vontade” vinda seja da sociedade, seja do Estado.

É preciso fortalecer o elemento cultural já existente em determinados setores de sua direção política, que é o da profunda crítica ao sistema econômico-social atual. É a partir dessa postura que os professores devem ser respeitados. No âmbito dos inúmeros interesses econômicos e políticos existentes na vida social, não existe espaço para o “coitado”. O respeito deve surgir por meio do caráter combativo e crítico já existente entre os professores. E é justamente este aspecto que PCB defende e busca fortalecer entre os professores.

■ Claudio Reis é militante do PCB.
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Ato público resgata 1º de Maio como Dia de Luta do Trabalhador

terça-feira, 28 de abril de 2009


Manifesto será realizado na sexta-feira, às 9 horas, na Praça da Bíblia


Entidades sindicais e organizações sociais de Foz do Iguaçu promoverão um ato público no Dia do Trabalhador visando resgatar o verdadeiro significado do 1º de Maio. O objetivo é promover a data como um Dia do Trabalhador e não como dia do trabalho. O manifesto, que será na próxima sexta-feira, às 9 horas, na Praça da Bíblia, discutirá a ação dos trabalhadores contra os efeitos da crise.

“É importante discutirmos o significado da crise que estamos vivendo. E mais importante ainda é entendermos que esta é uma crise que ocorre justamente por causa da desorganização do capitalismo. E, mais uma vez na história, os donos do capital e os governos querem que nós, trabalhadores, paguemos a conta para eles continuarem lucrando sobre a exploração do trabalho”, afirma o pedagogo Fabiano Severino, da coordenação do movimento.

O ato é encabeçado pela APP Sindicato – NS Foz do Iguaçu, Casa do Teatro, Conlutas, Guatá – Cultura em Movimento, Intersindical, MST e Sindicato dos Jornalistas – Foz do Iguaçu. “Precisamos, mais do que nunca, lutar por uma sociedade sem crise econômica, desemprego ou miséria, uma sociedade socialista”, completa Severino.

Segundo o pedagogo, uma das medidas do Governo Federal que precisa ser criticada é o fato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter repassado R$ 300 bilhões para os bancos e outras empresas. “Isso significa retirar R$ 1.600 de cada brasileiro. Por outro lado, Lula não tomou medidas concretas para impedir as demissões”, finaliza Severino.

Leia abaixo o documento, que começou a ser distribuído à população iguaçuense na quinta-feira passada, durante a paralisação dos professores em defesa do piso nacional da categoria. Serão distribuídos 10 mil panfletos em locais estratégicos como o Terminal de Transportes Urbano, escolas, universidades, comércio e bairros. Clique aqui para baixar o panfleto.

O ato político inclui apresentações culturais. Está confirmada na programação a participação da Cia de Dança de Rua; do Grupo de Teatro Arte em Si, que vai encenar “Operário em Construção, do Vinicius de Moraes; e apresentação da Banda CDR Cartel do Rap, que levará o hip-hop para a Praça da Bíblia.
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Partidão em movimento

segunda-feira, 27 de abril de 2009


Articulação feita pelo Partido Comunista Brasileiro é fundamental para realização do Dia do Trabalhador em Foz

O Partido Comunista Brasileiro foi oficialmente reorganizado em Foz do Iguaçu no dia 25 de março de 2009, mesmo dia em que completou 87 anos de luta pelo socialismo. Naquele ato político, os comunistas levantaram e assumiram a tarefa de articular outras forças legítimas de esquerda e de defesa dos trabalhadores em torno da realização de um manifesto no 1º de Maio, que corria o risco de passar em branco na cidade. (Imagem: Operários, Tarsila do Amaral)

O compromisso de todos: realizar um intenso trabalho político que vise a construção de um ato público com caráter de classe, de esquerda anticapitalista, de partidos, sindicatos e outras organizações. Em pouco tempo, ocorreram as primeiras confirmações dos aliados em torno da causa, entre eles o MST, a APP-Sindicato NS Foz do Iguaçu, Guatá – Cultura em Movimento, Sindicato dos Jornalistas – Subseção Foz e Região e Conlutas.

A articulação, entretanto, está em aberta. É dever de todo militante do PCB buscar, em conjunto com a direção do partido, outros aliados para essa importante data dos trabalhadores. Mais do que isso: é preciso multiplicar forças, convocando mais iguaçuenses –seja base de trabalho, de moradia ou de estudo– para sair às ruas no dia 1º de Maio. Todo esforço é fundamental para termos êxito na organização do protesto.

FOZ GERA MENOS EMPREGO QUE CASCAVEL
Além de engrossar as reivindicações comuns dos brasileiros, em Foz do Iguaçu temos uma realidade cruel, em o desemprego atinge níveis assustadores. Para piorar, a maioria dos trabalhadores está na informalidade e depende do Paraguai para sobreviver.

A cidade criou apenas 5,4 mil postos de trabalho nos últimos quatro anos (o resultado leva em conta o total de pessoas contratadas menos o total de demitidas). Já Cascavel gerou 10,2 mil empregos em carteira, enquanto Toledo criou 7,3 mil empregos de 2005 a 2008. Os dados são do Ministério do Trabalho.
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O operário em construção


(fragmentos)

Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
(...)
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

Vinicius de Moraes
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Dia de luta da classe trabalhadora


Veja o documento assinado pelo PCB em conjunto com outras organizações de esquerda

Participe do ato público na sexta-feira, às 9h, na Praça da Bíblia

Sempre é importante lembrar o significado do Dia 1º de Maio. Afinal essa data não é um dia de descanso, nem de festa. Precisamos resgatar essa data como um dia de luta dos trabalhadores pelo direito de se organizar para conquistar suas reivindicações, e como um dia de luta dos trabalhadores contra os efeitos da crise.

Todos temos algo em comum: vivemos do nosso trabalho! Portanto fazemos um chamado aos trabalhadores para, juntos, realizarmos um dia de luta e reivindicação, de cobrança dos nossos direitos e de denúncia dos desmandos de um sistema econômico que vive a partir da exploração do nosso trabalho.

É importante discutirmos o significado da crise que estamos vivendo. E mais importante ainda é entendermos que esta é uma crise que ocorre justamente por causa da desorganização do capitalismo. E, mais uma vez na história, os donos do capital e os governos querem que nós, trabalhadores, paguemos a conta para eles continuarem lucrando sobre a exploração do trabalho.

Não vamos pagar a conta de uma crise que não é nossa! Além disso, devemos denunciar as entidades que dizem estar ao lado dos trabalhadores, mas que na realidade estão junto aos patrões e o governo. Essa é a política, por exemplo, da CUT, CGT e a Força Sindical, que negociam a redução de salário e a retirada dos direitos, o que não garante nem os empregos.

■ Nenhum direito a menos, avançar nas conquistas;
■ Fim das demissões e contra as readmissões com salários e condições de trabalho inferiores;
■ Contra o banco de horas ■ Pela redução da jornada sem a redução de salários e direitos;
■ Contra a suspensão dos contratos de trabalho;
■ Contra as condições precárias de trabalho que causam inúmeras doenças;
■ Medida provisória do Governo Federal garantindo estabilidade de emprego;
■ Não pagamento das dívidas externas e internas;
■ Não financiamento ao FMI e aplicação de recurso em ações de garantia aos trabalhadores;
■ Reforma agrária e moradia digna a todos;
■ Contra a criminalização do movimento sindical, popular e estudantil
■ Soberania sobre os recursos naturais.

APP SINDICATO – NS Foz do Iguaçu
CASA DO TEATRO
CONLUTAS
GUATÁ – CULTURA EM MOVIMENTO
INTERSINDICAL
MST
SINDICATO DOS JORNALISTAS - FOZ

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PCB apóia marcha do MST na fronteira


Primeira atividade pública do PCB/Foz após sua reorganização, em 25 de março de 2009


Claudio Reis


No dia 26 de março de 2009, o Partido Comunista Brasileiro de Foz do Iguaçu, esteve presente em solidariedade aos trabalhadores rurais brasileiros e paraguaios, em ato público ocorrido na Ponte da Amizade.

A manifestação guiada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do lado brasileiro; e pela Via Campesina, representando os camponeses paraguaios, transcorreu sem qualquer incidente grave com as forças do Estado. Ainda que tenha havido certa intimidação simbólica por parte do corpo policial, sempre bem equipado com roupagem e armamento pesado, os trabalhadores se expressaram por meio de palavras de ordem que legitimam sua organização político-social.

O MST, mais uma vez demonstrou maturidade política e cultural. Sua marcha sempre disciplinada e determinada atraiu as atenções de todos que ali estavam, demonstrando que a luta social é possível sim, e viável. Por algumas horas, fizeram os indivíduos pensarem para além da espontaneidade do cotidiano, mesmo entre aqueles que se dirigiam através de insultos e rejeição. Mesmo entre esses, o MST conseguiu provocar algum tipo de ação, aparentemente inexistente. E este é um elemento importante de se ressaltar, pois isso mostra que as contradições sociais estão vivas e atuantes – apesar da ideologia da classe dominante dizer o contrário.

Como se fosse uma faca afiada, o MST em sua passagem cortou a sociedade naquele exato momento expondo os conflitos dissimulados. O vai e vem caótico do cotidiano, para assistir a política passar. E neste instante o olhar de admiração, ainda que tímido, misturou-se com aquele mais raivoso. O silêncio misturado com os gritos isolados de hostilidade deu a justa dimensão do amontoado de idéias existentes no mundo social.

Em detrimento de manifestações isoladas de caráter fascista, o MST e a Via Campesina deixaram claro que estão unidos para o enfrentamento do problema agrário existente nos dois países. Problema central para inúmeros movimentos político-sociais da América Latina.
Esta unidade é de fundamental importância para o avanço da luta popular e progressista para ambos os lados. A troca de experiências contribuiu fortemente para a compreensão dos seus próprios desafios. Como toda luta popular-nacional nunca está isolada da luta popular-mundial, a unidade político-cultural dos envolvidos é sempre um elemento de avanço contra o sistema do capital.

Ainda que possam existir particularidades em cada caso, a tradução das experiências vitoriosas para outros movimentos internacionais pode em alguns casos decidir os rumos da luta específica efetivada em determinada vida nacional.

O Partido Comunista Brasileiro defende essa postura político-cultural e busca, neste momento, ser um elemento ativo para o seu fortalecimento. Certamente que em Foz do Iguaçu essa tarefa é ainda mais urgente e necessária.

■ Claudio Reis é militante do PCB.
(Fotos: Carlos Miskalo e Bertok)
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Encontro em Cascavel define cronograma de lutas


Representantes de vários comitês municipais do PCB se reuniram no sábado, 18 de abril, em Cascavel, entre militantes de Curitiba, Foz do Iguaçu, Rolândia, Londrina, Maringá, Toledo, além dos militantes cascavelenses. O principal tema discutido foi o XIV Congresso Nacional do PCB, que vai acontecer de 9 e 12 de outubro, no Rio de Janeiro. Já o Congresso Estadual deve acontecer em agosto em Curitiba.

Também estavam na pauta da reunião discussões como: plenária nacional da Intersindical, que ocorrerá nos dias 24 e 25 de abril, em Santos (SP); Campanha do Petróleo é Nosso, sendo que haverá uma discussão em Curitiba no dia 24 de abril sobre o tema com a participação do secretário-geral do Partido, Ivan Pinheiro. Também foi eleito o novo representante estadual da União da Juventude Comunista (UJC), além de debate sobre dos aliados para a formação da Unidade Classista.

No XIV Congresso Nacional são esperadas as participações de comunistas iguaçuenses, bem como participação na plenária da Intersindical e também no debate do Petróleo. Outros temas foram alvos dos debates, como o agravamento da crise financeira e sua conseqüência no Brasil.

O secretário-político do PCB no Paraná, Amadeu Felipe, enfatizou a participação do Partido nas manifestações que deverão ocorrer em todo o estado no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, e que é de suma importância levar a bandeira de luta do Partido: Nenhum direito a menos, avançar nas lutas!
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Palestra Coluna Prestes


A formação da Coluna Prestes é comemorada no mês de abril. Para marcar esse fato histórico, que inclusive tem passagem na cidade de Foz do Iguaçu, o jornalista Aluizio Palmar (membro do PCB) foi convidado para fazer uma fala na Unioeste, campus de Foz. O evento será na quinta-feira, 30 de abril, às 19 horas, no mini-auditório e é aberto aos interessados.
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Jornada de estudos em comemoração aos 50 anos da revolução cubana


Será realizada no dia 24 de abril, às 19 horas, no mini auditório da Unioeste a abertura da Jornada de estudos em comemoração aos 50 anos da revolução cubana. O evento tem como chave de discussão a história e a atualidade de Cuba nos eixos da educação, organização política, saúde e economia.

A abertura conta com a fala da professora cubana mestre em filologia espanhola e presidente da Associação José Martí, Maria Teresita Campos Avella.

A jornada é organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa dos Fundamentos da Filosofia, da História e da Educação (GEFHE), da Unioeste, em conjunto com acadêmicos de pedagogia, professores da rede estadual de ensino e APP – Sindicato. Mais informações: professores Sebastião Rodrigues e Silvana Souza (telefone 8417-1565) e Mirian Takahashi (9104-7837).

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GREVE NACIONAL EM DEFESA DO PISO SALARIAL DOS PROFESSORES


O Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu da APP-Sindicato está chamando professores/as e funcionários/as das escolas públicas para a greve nacional pela implementação da Lei do Piso Salarial Nacional (PSN) no dia 24 de abril, em Foz do Iguaçu na Praça do Mitre às 8h30.
A lei estabelece o piso inicial de R$ 950,00 pela jornada de 40 horas e o mínimo de 33% para hora-atividade (destinado a estudo, preparação de aula, correção de avaliações). A lei 11.738 que estabelece o PSN já aprovada não foi aplicada ainda devido uma ação de inconstitucionalidade apresentada por 5 governadores, dentre eles o do Paraná. Além da pauta nacional o sindicato reivindica sua pauta estadual neste mesmo dia.
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JORNALISTAS NA PRAÇA DO MITRE


Dezenas de pessoas compareceram a Praça do Mitre para apoiar a Campanha em Defesa da Obrigatoriedade do Diploma em Jornalismo. O manifesto foi organizado em 31 de março, pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, base de Foz do Iguaçu. O ato ocorreu de forma simultânea em várias cidades. Pressionado, o Supremo Tribunal Federal adiou o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência de diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão.
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Partidão é reorganizado em Foz

quarta-feira, 25 de março de 2009


"Ser comunista não consiste apenas em ter um objetivo político e lutar pela sua realização. Ser comunista não é apenas uma forma de agir politicamente. É, antes de tudo, uma forma de pensar, de sentir e de viver."
(Álvaro Cunhal)

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) completa 87 anos nesta quarta-feira, 25 de março de 2009, rejuvenescido nos quatros cantos do País. São várias as demonstrações de fortalecimento do Partidão, que tem provado capacidade de formulação política, e por sua coerência, tem hoje autoridade junto à esquerda.

Além do respeito que inspira pela resistência, o Partido vem angariando importância em função de acertos. O resultado é identificado nos últimos tempos, quando o PCB ganhou importantes espaços dentro de vários movimentos de massas nacionais, como o MST e estudantil.

Em Foz do Iguaçu, o PCB passa por um processo de total reorganização, com a entrada de militantes comunistas de longa data. São trabalhadores de diferentes setores da economia local que acreditam num partido verdadeiramente comunista, na teoria e na prática, como única saída para humanização da sociedade. Todos com um objetivo: Ousar ousar, ousar vencer!

São comunistas que pensam e agem com toda força revolucionária, que se diferenciam ao pensar uma cidade solidária, fraternal e acolhedora. Entendemos que a cidade não pertence a uma elite, mas que pertence a todos que nela vivem. O PCB de Foz do Iguaçu se propõe a pensar a cidade de forma diferente, reconhecendo que para pensar diferente é preciso aceitar, acolher e entender as diferenças.

O processo de reorganização do partido ocorreu após a vinda do secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, ao município, em março, quando o dirigente nacional participou de um debate sobre a "luta anti-imperialista: a América Latina e o Oriente Médio no olho do furacão". Daquele encontro, surgiu a identificação de militantes com a postura coerente do Partido Comunista Brasileiro.

Desde então, Ivan Pinheiro e dirigentes estaduais do Partidão têm garantido total apoio à reorganização do PCB na tríplice fronteira. Hoje, o Partido já conta com trabalhadores da comunicação, cultura, educação, comércio, funcionalismo público, entre outros setores do município. ´É o começo de um longa jornada, como muito trabalho e muito a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

ENTRE EM CONTATO

Eliandro Avancini: 8407-1123

Ou mande um e-mail:
pcbfoz@gmail.com

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INFORMATIVO, edição 1, março de 2009,


Clique aqui para baixar o informativo em formato PDF.
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Os comunistas


Os que colocam a alma na pedra,
no ferro, na dura disciplina,
ali vivemos só por amor
e já se sabe que nos dessangramos
quando a estrela foi tergiversada
pela lua sombria do eclipse.
Agora vereis que somos e pensamos.
Agora vereis que somos e seremos.
Somos a prata pura da terra,
o verdadeiro mineral do homem,
a fortificação da esperança;
um minuto de sombra não nos cega:
com nenhuma agonia morreremos.

Pablo Neruda
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Um Partido Revolucionário



O PCB é um partido revolucionário que visa à conquista do poder político pelo proletariado e os trabalhadores em geral, em aliança com parte das camadas médias, a intelectualidade e a juventude com-prometidas com a luta revolucionária, para a construção de uma sociedade socialista, através da ruptura do capitalismo, na perspectiva do comunismo. Sua base teórica para a ação é o Marxismo-Leninismo, em toda a sua atualidade, riqueza e diversidade. A visão de mundo do PCB e sua forma de organização têm por base as referências teóricas de Marx, Engels, Lênin e outros pensadores revolucionários. Essas referências, no entanto, não são dogmas nem manuais, sobretudo no que se refere às formas de luta e de organização, que devem subordinar-se à política e às condições reais em que se dá a luta de classes, em cada momento histórico, em cada país e em cada contexto. A teoria revolucionária do PCB, portanto, não é cópia mecânica de qualquer modelo transposto para nosso país. (Imagem: Daumier, A revolta)

O PCB se define como um partido de militantes e quadros revolucionários, que se vão formando na luta de classes, no processo de organização do proletariado, no estudo teórico do marxismo, da realidade brasileira e mundial e na perspectiva da construção da sociedade socialista, rumo ao comunismo. Este conceito define com mais precisão o que vínhamos denominando partido de quadros, expressão que pode passar uma conotação elitista, artificial e até inibidora para o recrutamento. A necessária e desejável formação de quadros é parte da militância comunista e não pré-requisito para ingressar no Partido.

Os novos camaradas entram no Partido como militantes que se destacaram nas lutas sociais, compreenderam a necessidade de superação do capitalismo ou despertaram para a necessidade da luta contra a desigualdade, por justiça e por melhores condições de vida para os trabalhadores, a juventude e a população em geral. Sentem a importância do Partido quando percebem que as lutas sociais, apesar de justas e necessárias, não resolvem os problemas fundamentais do proletariado e da sociedade, nos limites do capitalismo. Portanto, na luta, na organização e no estudo teórico, transformam-se em quadros da revolução. Ou seja, das lutas populares e da classe trabalhadora vêm os militantes e da vida orgânica partidária dos militantes se desenvolvem os quadros.
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Ousar lutar, ousar vencer!


O Partido Comunista Brasileiro volta a chamar a atenção dos revolucionários brasileiros, pela firmeza e coerência de suas proposições políticas. O XIII Congresso do Partido (março de 2005, Belo Horizonte) consolidou o reencontro do Partido com o melhor de sua tradição de luta.

O PCB não apenas se manteve como legenda ou patrimônio histórico. O PCB vive porque superou, de uma vez por todas, a herança da conciliação de classe e de frouxidão ideológica que lhe marcou na década de oitenta.

Algumas conseqüências desta reconstrução revolucionária do PCB já se sentem: a independência política, a atualidade da luta pelo socialismo, a prioridade no movimento sindical e popular, a refundação da União da Juventude Comunista, a solidariedade internacionalista, a busca da unidade de esquerda socialista e, em especial, dos comunistas revolucionários.

A vida está oferecendo ao PCB uma oportunidade histórica, para crescer com qualidade ideológica, qualificar-se como alternativa e se inserir na agenda políica. Mas isso não é uma fatalidade. O PCB precisa merecer esta possibilidade, conjugando ousadia com responsabilidade e inovando, mas sem abrir mão de princípios nem se afastar do legado de Marx, Engels, Lênin e de outros revolucionários.

Ivan Pinheiro,
secretário geral do PCB
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