Um passo à frente

domingo, 20 de setembro de 2009


Compreender a conjuntura estrutural da sociedade não é tarefa fácil, porem aquietar-se diante da situação do capitalismo atual, que no seu seio só produz desgraças e mazelas, tanto material e espiritual (no sentido da construção de um homem novo, independente, pleno), requer reflexões e principalmente movimento organizado e conciso que levem à superação do modelo econômico e social atual para outro que podemos afirmar; mais humano.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), em Foz do Iguaçu, deu no dia 05 de setembro sua contribuição rumo à mudança da conjuntura atual. Reuniu seus militantes, para juntos, debater e compreender temas como: a função do Partido Comunista na atualidade; a questão da esquerda na América Latina; e a situação histórica e atual de Foz do Iguaçu neste contexto. As atividades se estenderam durante todo o dia, com a contribuição da direção estadual do partido e também camaradas do Paraguai e do MST.
Fundamentalmente esta conferência colocou o PCB/Foz, em movimento. Sua militância, neste momento, passará a atuar com maior presença e vigor na política local, o que representará uma alternativa à sociedade iguaçuense na reflexão do cotidiano de nossa cidade. É preciso romper com análises e afirmações que legitimam administrações públicas que levam a cidade a uma condição crescente de penúria, as quais descartam e desrespeitam os seus cidadãos trabalhadores com inverdades, que faz da cidade propriedade privada das velhas oligarquias locais e não dos trabalhadores.
Portanto, chegou a hora de uma maior inserção do Partido nos movimentos populares e sociais da cidade como: de juventude, de bairros, de sindicatos, etc., sabendo que tal tarefa requer tempo, pois a desconstrução de certas inverdades nos custará muito trabalho. Pretende-se que tal movimento leve a classe trabalhadora à maior consciência da realidade, construindo um movimento classista de fato.
Ademais, outro evento pontual para a vida do Partido se aproxima que é a eleição para Presidente, Governador, Senadores e Deputados Federais e Estudais, embora o PCB tenha clareza que é um mero referendo de legitimação do status quo burguês, tal evento propicia condições importantes de acesso e comunicação com a população, até mesmo para marcar diferenças ideológicas presentes entre vários grupos políticos.
O que fica claro é que o PCB ao reorganizar-se, tanto nacionalmente em 2005 e agora em Foz do Iguaçu, mostra que o seu vigor revolucionário está mais forte que nunca, dando ao Partido outro patamar de responsabilidade política.
Como lembrou Fabian, camarada paraguaio, parafraseando Marx e Engels: um fantasma volta a rondar a tríplice fronteira: o fantasma do comunismo.

Saudações Comunistas!

Eliandro Avancini
Secretário Político – PCB/Foz
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Defesa do trabalhador marcou conferência do PCB


Conferência teve participação de dirigentes do PSOL (José Elias Aiex Neto), PSTU (Isabel Cristina Ramos), MST (Nildemar Silva), Partido Comunista Paraguaio (Fabian Franco), do PCB de Cascavel, (Gilberto Carlos Araujo e Ivan José de Pádua), PCB no Paraná (Amadeo Felipe), além de representantres de sindicatos, educação e de organizações sociais.

José Elias Aiex Neto, presidente do PSOL, denunciou as
mazelas do capitalismo sobre a saúde do trabalhador.


Amadeu Felipe, secretário político do Comitê Regional,
coordenou o debate sobre a crise do capitalismo.





Professor Geraldo Magella Neres (Unioeste), falou sobre a
"Função do Partido Comunista no processo revolucionário".










Secretário político do PCB em Foz do Iguaçu, Eliandro Avancini, apresentou a reorganização do partido na cidade, ocorrida em março de 2009, e enumerou as ações recentes dos comunistas.

































































Pedagogo Fabiano Severino mostrou os reflexos
da crise do capitalismo em Foz do Iguaçu.


Fabian Franco, do Partido Comunista Paraguaio,
discorreu sobre a esquerda na América Latina.




Nildemar Silva, dirigente do MST no Oeste do Paraná, alertou
que o trabalhador já está pagando caro pela crise do capitalismo.
Leia denúncia feita pelo sem-terra.






























































































































































































































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“O trabalhador está pagando a conta”, diz líder do MST


“A conseqüência da crise é o saque de recursos da nossa economia, de recursos naturais, dinheiro e riquezas. O trabalhador está pagando a conta”. A frase é Nildemar Silva, um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Oeste do Paraná, realizada durante a Conferência Municipal do PCB (Partido Comunista Brasileiro), no sábado passado, em Foz do Iguaçu.

Um exemplo do “pagamento” é visto no Rio Grande do Sul, onde 36 mil operários do setor siderúrgico foram demitidos em menos de seis meses. “É muita gente para uma única metrópole, a sétima do Brasil. Imagine, então, São Paulo quantas pessoas ganharam as contas”, provocou o sem-terra. “É uma situação insustentável. É uma crise do modelo econômico e de sociedade que não se sustenta mais”, disse o dirigente do MST.

Além de demissões, os donos do capital usurpam os trabalhadores de outras maneiras, como o corte de direitos e criação de mecanismos perversos aos trabalhadores, citou Nildemar. “O banco de horas é uma das formas de escravidão do trabalho. É pior que ficar no tronco sendo chicoteado. No tronco, você sabe que vai morrer, no banco de horas, você nem sabe quando vai morrer”.

Para piorar o cenário de crise, a classe trabalhadora está anestesiada, visto que alguns setores dos trabalhadores urbanos não se enxergam como classe. Esse falta de identidade dificulta a resistência à ofensiva dos patrões, completou Nildelmar. Simplesmente porque os trabalhadores hoje se vêem como empreendedores ou colaboradores, não mais como funcionários.

"Nós, como classe trabalhadora, precisamos construir uma unidade de luta no Brasil, aglutinando partidos de esquerda, movimentos populares, movimentos de esquerda, no sentido de construirmos uma proposta de sociedade. O nosso sonho é o socialismo. O socialismo é o nosso horizonte, mas como chegar até ele?. Precisamos construir essa plataforma, porque os trabalhadores não têm isso claro", apontou.

E O MST COM ISSO? – Durante a conferência do PCB, Nildemar Silva aproveitou para esclarecer porque a área de atuação do MST está para além da reforma agrária. “Muita gente acha que devemos ficar restritos ao campo, porém, nós, militantes sociais, sabemos do nosso papel em ajudar na transformação, em fomentar o processo de luta e o debate, enfim, em organizar a classe trabalhadora”.

Criado em Cascavel, no Oeste do Paraná, o MST completa 25 anos em 2009. Hoje, sua luta não é apenas pela reforma agrária, mas sim a luta por mudanças sociais no País. O movimento busca construir um debate, inclusive, para refletir os caminhos do Brasil, que avança sobre a cultura e soberania de outros países, ganhando status de império diante de outras nações menores, discursou Nildemar.

“De antemão queremos dizer que somos contra a idéia de vender pele de frango na África como carne. Os africanos têm direito a comer carne saudável. Nós, aqui do Oeste do Paraná, estamos mandando pele de frango para lá como se fosse carne”, denunciou o dirigente do MST, ecoando a denúncia levantada na 8ª Jornada de Agroecologia, realizado no mês de maio, em Francisco Beltrão.




Conferência do PCB foi realizada no Sismufi no sábado, 5
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