Partidão é reorganizado em Foz

quarta-feira, 25 de março de 2009


"Ser comunista não consiste apenas em ter um objetivo político e lutar pela sua realização. Ser comunista não é apenas uma forma de agir politicamente. É, antes de tudo, uma forma de pensar, de sentir e de viver."
(Álvaro Cunhal)

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) completa 87 anos nesta quarta-feira, 25 de março de 2009, rejuvenescido nos quatros cantos do País. São várias as demonstrações de fortalecimento do Partidão, que tem provado capacidade de formulação política, e por sua coerência, tem hoje autoridade junto à esquerda.

Além do respeito que inspira pela resistência, o Partido vem angariando importância em função de acertos. O resultado é identificado nos últimos tempos, quando o PCB ganhou importantes espaços dentro de vários movimentos de massas nacionais, como o MST e estudantil.

Em Foz do Iguaçu, o PCB passa por um processo de total reorganização, com a entrada de militantes comunistas de longa data. São trabalhadores de diferentes setores da economia local que acreditam num partido verdadeiramente comunista, na teoria e na prática, como única saída para humanização da sociedade. Todos com um objetivo: Ousar ousar, ousar vencer!

São comunistas que pensam e agem com toda força revolucionária, que se diferenciam ao pensar uma cidade solidária, fraternal e acolhedora. Entendemos que a cidade não pertence a uma elite, mas que pertence a todos que nela vivem. O PCB de Foz do Iguaçu se propõe a pensar a cidade de forma diferente, reconhecendo que para pensar diferente é preciso aceitar, acolher e entender as diferenças.

O processo de reorganização do partido ocorreu após a vinda do secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, ao município, em março, quando o dirigente nacional participou de um debate sobre a "luta anti-imperialista: a América Latina e o Oriente Médio no olho do furacão". Daquele encontro, surgiu a identificação de militantes com a postura coerente do Partido Comunista Brasileiro.

Desde então, Ivan Pinheiro e dirigentes estaduais do Partidão têm garantido total apoio à reorganização do PCB na tríplice fronteira. Hoje, o Partido já conta com trabalhadores da comunicação, cultura, educação, comércio, funcionalismo público, entre outros setores do município. ´É o começo de um longa jornada, como muito trabalho e muito a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

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Eliandro Avancini: 8407-1123

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pcbfoz@gmail.com

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INFORMATIVO, edição 1, março de 2009,


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Os comunistas


Os que colocam a alma na pedra,
no ferro, na dura disciplina,
ali vivemos só por amor
e já se sabe que nos dessangramos
quando a estrela foi tergiversada
pela lua sombria do eclipse.
Agora vereis que somos e pensamos.
Agora vereis que somos e seremos.
Somos a prata pura da terra,
o verdadeiro mineral do homem,
a fortificação da esperança;
um minuto de sombra não nos cega:
com nenhuma agonia morreremos.

Pablo Neruda
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Um Partido Revolucionário



O PCB é um partido revolucionário que visa à conquista do poder político pelo proletariado e os trabalhadores em geral, em aliança com parte das camadas médias, a intelectualidade e a juventude com-prometidas com a luta revolucionária, para a construção de uma sociedade socialista, através da ruptura do capitalismo, na perspectiva do comunismo. Sua base teórica para a ação é o Marxismo-Leninismo, em toda a sua atualidade, riqueza e diversidade. A visão de mundo do PCB e sua forma de organização têm por base as referências teóricas de Marx, Engels, Lênin e outros pensadores revolucionários. Essas referências, no entanto, não são dogmas nem manuais, sobretudo no que se refere às formas de luta e de organização, que devem subordinar-se à política e às condições reais em que se dá a luta de classes, em cada momento histórico, em cada país e em cada contexto. A teoria revolucionária do PCB, portanto, não é cópia mecânica de qualquer modelo transposto para nosso país. (Imagem: Daumier, A revolta)

O PCB se define como um partido de militantes e quadros revolucionários, que se vão formando na luta de classes, no processo de organização do proletariado, no estudo teórico do marxismo, da realidade brasileira e mundial e na perspectiva da construção da sociedade socialista, rumo ao comunismo. Este conceito define com mais precisão o que vínhamos denominando partido de quadros, expressão que pode passar uma conotação elitista, artificial e até inibidora para o recrutamento. A necessária e desejável formação de quadros é parte da militância comunista e não pré-requisito para ingressar no Partido.

Os novos camaradas entram no Partido como militantes que se destacaram nas lutas sociais, compreenderam a necessidade de superação do capitalismo ou despertaram para a necessidade da luta contra a desigualdade, por justiça e por melhores condições de vida para os trabalhadores, a juventude e a população em geral. Sentem a importância do Partido quando percebem que as lutas sociais, apesar de justas e necessárias, não resolvem os problemas fundamentais do proletariado e da sociedade, nos limites do capitalismo. Portanto, na luta, na organização e no estudo teórico, transformam-se em quadros da revolução. Ou seja, das lutas populares e da classe trabalhadora vêm os militantes e da vida orgânica partidária dos militantes se desenvolvem os quadros.
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Ousar lutar, ousar vencer!


O Partido Comunista Brasileiro volta a chamar a atenção dos revolucionários brasileiros, pela firmeza e coerência de suas proposições políticas. O XIII Congresso do Partido (março de 2005, Belo Horizonte) consolidou o reencontro do Partido com o melhor de sua tradição de luta.

O PCB não apenas se manteve como legenda ou patrimônio histórico. O PCB vive porque superou, de uma vez por todas, a herança da conciliação de classe e de frouxidão ideológica que lhe marcou na década de oitenta.

Algumas conseqüências desta reconstrução revolucionária do PCB já se sentem: a independência política, a atualidade da luta pelo socialismo, a prioridade no movimento sindical e popular, a refundação da União da Juventude Comunista, a solidariedade internacionalista, a busca da unidade de esquerda socialista e, em especial, dos comunistas revolucionários.

A vida está oferecendo ao PCB uma oportunidade histórica, para crescer com qualidade ideológica, qualificar-se como alternativa e se inserir na agenda políica. Mas isso não é uma fatalidade. O PCB precisa merecer esta possibilidade, conjugando ousadia com responsabilidade e inovando, mas sem abrir mão de princípios nem se afastar do legado de Marx, Engels, Lênin e de outros revolucionários.

Ivan Pinheiro,
secretário geral do PCB
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