Ivan Pinheiro na cabeça! Vídeos de 1 a 9

terça-feira, 7 de setembro de 2010


Perdeu o programa eleitoral do Partidão na tv?. Sem problemas. O Blog do PCB em Foz do Iguaçu organizou especialmente para você que chegou até aqui todos os vídeos do nosso candidato a presidente, Ivan Pinheiro, neste post. Salve o Youtube!


1 - Apresentação campanha


 2 - Capitalismo não tem solução - Eleição nada muda!


3 - Meios de DESinformação burguesa - Democracia = Participação popular

4 - Papel do Estado - Restatização de empresas

5 - Brasil um dos países mais desiguais do mundo - Concentração de renda

6 - Você sabia que Petrobras é 38% estatal e 62% particular?

7 - Reforma agrária - MST

8 - Imperialismo x América Latina

9 - Política externa do Brasil
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JORNAL DE CAMPANHA - Online

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


PCB (Partido Comunista Brasileiro) apresenta suas idéias e bandeiras políticas neste jornal de campanha no Paraná.

Nele você vai encontrar ainda uma breve trajetória dos nossos candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e estadual.

Boa leitura!
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O QUE ESTÁ EM DISPUTA NA ELEIÇÃO?


As eleições deste ano dividem, aparentemente,os dois blocos que representam os interesses da burguesia: de um lado, o PSDB e seus aliados, sustentados pelo grande capital financeiro, propondo mais neoliberalismo, menos direitos para os trabalhadores, mais liberdade para os capitais, mais dependência aos EUA e seus aliados; de outro, o PT e seus aliados, mantendo o domínio burguês e a política econômica neoliberal, com algumas concessões de caráter assistencialista e alguma dose de independência no campo internacional.

O que está em questão nas diferenças entre esses candidatos da ordem é a forma como defendem o capitalismo e saqueam o aparelho de Estado. Para o PCB, a disputa eleitoral insere-se de modo estratégico na luta pela superação revolucionária do capitalismo e pela construção do Socialismo. A ação eleitoral soma-se às manifestações de constestação da ordem, na defesa dos interesses da classe trabalhadora, que é a maioria da população.

A Campanha Movimento do PCB coloca-se na perspectiva de contribuir para a organização da Frente Anticapilista e Antiimperalista e do seu programa de superação do capitalismo, apontando para a construção de um bloco político contra-hegemônico de partido, organizações políticas e movimentos populares, cuja força estará ligada à capacidade da classe trabalhadora entrar em cena política com independência e autonomia histórica.

No Paraná, os nomes de sempre!
Para os comunistas do PCB, não há nada de novo nas eleições no estado. O atual quadro, além de não apresentar perspectivas de mudanças radicais, aprofunda o caráter oligárquico da política paranaense.
Nesta eleição, Beto Richa e Osmar Dias estão dizendo que vão resolver os problemas sociais: é mentira! As candidaturas governarão para os ricos e para as oligarquias. São financiados por donos de fábricas, banqueiros e latifundiários para defenderem privilégios, reservando para o resto do povo as migalhas do regime capitalista.

Os comunistas do PCB têm clareza de que as eleições não mudarão profundamente a vida dos trabalhadores. Não alimentamos nenhuma ilusão de mudança com esse processo, porque somente o Poder Popular, com a organização dos trabalhadores e a mobilização de todos exploradores e oprimidos pelo regime capitalista, pode derrubar a ordem estabelecida para construir uma nova sociedade, sem exploração, sem desigualdades e sem guerra: a sociedade socialista, rumo ao comunismo!
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O QUE PCB DO PARANÁ DEFENDE ?


CONSTRUIR O PODER O POPULAR E AVANÇAR NA LUTA PELO SOCIALISMO

PROPOSTAS GERAIS
- Criação e implantação do Poder Popular, com representantes eleitos em cada bairro, distrito e município para discutir, decidir e acompanhar a execução das políticas públicas;
- Reforma urbana centrada no uso social da propriedade e do solo urbano e de um plano de desenvolvimento social, com imposto progressivo sobre o capital, as finanças, as grandes propriedades e grandes fortunas;
- Reestatização das empresas públicas e expansão dos serviços sociais, visando fortalecer sistemas públicos de educação, saúde, transportes e garantir universaliza-ção do acesso ao serviço gratuito e de qualidade, com melhoria dos salários e das condições de trabalho dos trabalhadores;
- Recriação e/ou fortalecimento dos bancos públicos estaduais, para fomento ao desenvolvimento social e a programas de moradias populares, geração de emprego e renda e serviços públicos de qualidade; reestatização das empresas públicas que foram privatizadas;
- Fim da guerra fiscal entre os Estados; reforma tributária e pacto federativo para diminuir as assimetrias entre os Estados; distribuição dos royalties do pré-sal para todos os Estados, na proporção inversa do IDH.

AÇÕES EMERGENCIAIS
 - Isenção de taxas e cobranças de serviços básicos (água, luz, gás) para os desempregados;
 - Proteção contra as ações de despejo por falta de pagamento em caso de desemprego;
 - Programa de alimentação popular, com restaurantes públicos e cestas básicas a preço subsidiado, para famílias cadastradas; abrigo e alimentação para a população de rua, com a utilização de imóveis do Estado para este fim;
 - Programas de emprego emergenciais nas cidades, em áreas como recuperação de prédios e instalações dos Municípios, jardinagem e tratamento paisagístico, limpeza urbana, obras de saneamento e de construção de redes de abastecimento de água, ações preventivas de saúde, controle de trânsito, reflorestamento e recuperação ambiental:
 - Reajustes emergenciais de salários dos servidores públicos e implantação dos planos de carreira.
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Trajetória dos candidatos Presidente, Governador, Senador e deputado federal



IVAN PINHEIRO – PRESIDENTE 21
Ivan Pinheiro, advogado, 64 anos, iniciou sua atividade política ainda na adolescência como diretor de grêmio estudantil. Integrou o Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8). Após a derrota da luta armada no combate ao regime militar, Ivan passou a considerar importante a participação no movimento de massas. Após desligar-se do MR-8, fez contato com o Partido Comunista Brasileiro na clandestinidade, no qual ingressou em 1976 e de que jamais se afastou. Tornou o Sindicato dos Bancários como principal centro de resistência à ditadura no Rio de Janeiro. Foi candidato a deputado federal constituinte; e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. No XIII Congresso do PCB, foi eleito Secretário Geral do Partido. Este congresso marcou a ruptura do PCB com o governo Lula e apontou um novo rumo para a estratégia partidária.
Site: www.ivanpinheiropcb21.net
E-mail: ivanpinheiropcb21@gmail.com

AMADEU FELIPE – GOVERNADOR – 21
Nascido em Blumenau (SC), Amadeu Felipe da Luz Ferreira, 74 anos, é secretário político do PCB no Paraná. Fez parte da Casa Militar durante o governo do presidente João Goulart. Ao ser reformado no Exército, possuía a patente de capitão. A liderança de Amadeu Felipe à frente do movimento de sargentos que lutava para impedir a maturação e o desencadeamento do golpe militar, em 1964, começou dez anos antes, com o suicídio do presidente Vargas.
Em 1966, com o apoio do ex-governador gaúcho Leonel Brizola, comandou a organização do primeiro movimento militar armado de resistência ao golpe: a Guerrilha do Caparaó. Atualmente, a estratégia do PCB para a Revolução Brasileira é a formação da Frente Anticapitalista e Antiimperialista. Para isso, Ivan Pinheiro concorre à Presidência e Amadeu Felipe, ao governo do Paraná.
Site: www.paranacomamadeufelipe.blogspot.com
E-mail: amadeufelipe@yahoo.com.br


GILBERTO ARAÚJO – SENADOR – 211
Filho de pequenos produtores rurais, Gilberto conviveu desde criança com a produção familiar. Depois, já no fim da ditadura, se envolveu com os movimentos sindicais e presenciou o nascimento do MST em Cascavel. Na cidade, onde hoje trabalha com manutenção de motores elétricos, lutou ao lado dos trabalhadores dos supermercados e dos comerciários. A militância foi decisiva na formação de seu caráter, de sua forma a pensar sempre no coletivo. Já com o caminho de luta percorrido resolveu terminar os estudos, que havia interrompido porque começou a trabalhar muito jovem. As aulas no Ceebeja contribuíram de forma destacada para a formação de seu pensamento socialista. Depois assumiu a presidência do PCB em Cascavel; hoje é secretário político.  Logo viria algo que marcaria sua história: disputar a vice-prefeitura de Cascavel. Hoje, aos 43 anos, pede o voto consciente para o Senado.

Site:  www.gilbertoaraujo.com.br
E-mail: gilbertocarlos.araujo@bol.com.br

SEBASTIÃO ALVES – DEPUTADO FEDERAL – 2145
Sebastião Alves tem 59 anos, é construtor e tem militância no campo popular no Norte do Paraná. Ele é ligado ao movimento de bairros na cidade de Cambé. Aos 59 anos, lançou candidatura a deputado federal por entender que é preciso aproveitar a eleição para combater a falsa democracia dentro dos próprios mecanismos da burguesia. Ele tem a convicção de que o trabalho de um deputado é apresentar e discutir leis, fiscalizar os recursos e ações do governo e ouvir a população.Um deputado precisa ser preparado para debater o Brasil e o Paraná. Mais que isso, estes representantes precisam ter compromisso com o povo, principalmente, com os trabalhadores e não com os grandes grupos econômicos e políticos. Quando um deputado promete que vai construir determinada obra, ele está mentindo. Quem faz isso é o governo, não o parlamentar. Quando um deputado diz que trouxe recursos para o município, na verdade, ele entrou no jogo da troca de favores.
Site:  www.sebastiaoalvesfederal.blogspot.com
E-mail:  sebastiaoalvesfederal@gmail.com
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TRAJETÓRIA DOS CANDIDATOS DO PARTIDÃO A DEPUTADO ESTADUAL


FÁBIO GONÇALVES - 21021É pequeno agricultor em Lerroville, distrito de Londrina, no Norte do Paraná. Como oficial da Polícia Militar em São Paulo, exerceu comandos intermediários no policiamento de trânsito e de policiamento ostensivo da capital paulista. Pertenceu aos quadros da PM por 30 anos. Sempre foi promovido por antiguidade e reformou no posto de coronel. Mudou-se para Londrina em 1998, ocasião em que adquiriu uma pequena propriedade de 5 alqueires no distrito de Lerroville e desde então se dedica ao cultivo de café orgânico. Aos 62 anos, é presidente da Associação dos Produtores Rurais da Água de Laranja Azeda (Aprala) e vice-presidente da Associação de Produtores Orgânicos de Marilândia do Sul (Apomar).
Site:  www.aturmadofabio.blogspot.com
E-mail: fganjos@pop.com.br

GALO DI OURO – 21456
Lançou candidatura para preencher o vazio deixado pelos políticos de sempre, que tantas vezes ocuparam o espaço na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa do Paraná sem nada fazer ou realizar. Diante desse cenário, associações de moradores e outras entidades de Cambé lançaram a candidatura de Roberto Palhare, mais conhecido como “Galo di Ouro”. Galo di Ouro tem 55 anos, é homem simples e trabalha como motorista de caminhão e borracheiro. Lançou novo desafio em sua vida em nome do PCB. É o candidato popular, respeitado por toda Cambé e Região. Para ele, os políticos devem lutar dia e noite em prol do trabalhador e do povo.
Site:  wwww.blogdogalodiouro.blogspot.com
E-mail: galodiouro@hotmail.com


KRYSTOFER BANNACH - 21000É empresário do ramo publicitário. Ingressou na militância no movimento estudantil em Ponta Grossa.  Foi presidente do Grêmio do Colégio Elzira Correira de Sá (o segundo maior da cidade). Tomou gosto pela política e começou a trabalhar pelo seu bairro, unindo forças a Associação de Moradores e criando a Associação de Jovens Moradores, que tirava os jovens da rua e os trazia para discutir os problemas de seu bairro. Como delegado eleito e liderança popular, defendeu os moradores dos bairros na discussão do Orçamento Participativo da cidade.  A sua expressão popular o levou para o PCB em Ponta Grossa, onde agora, aos 23 anos, é candidato a Assembléia Legislativa.
E-mail:  ad.pg@hotmail.com

JORGE CHAVES  - 21789
Filho de operários, iniciou na militância aos 14 anos no movimento estudantil, em 1980, quando foi presidente de grêmio. Depois, quando era funcionário de uma fábrica de calçados, defendeu os colegas descontentes com a exploração da categoria e foi da oposição sindical dos sapateiros de Campo Bom. Já foi secretário de Associação de Moradores Amonta, de Piraquara e representante eleito para Conselho de Saúde. Também foi eleito delegado na 1º Conferência Nacional das Cidades e 1º Conferência Nacional da Economia Solidária.  Presidiu a Cooperativa de Trabalhadores de Vigilantes, Porteiros e Limpeza e coordenou a oposição dos vigilantes de Curitiba e Região. Aos 44 anos, é secretário político do PCB em Curitiba.
E-mail: jf.chaves@yahoo.com.br

MARCÃO – 21888
Já trabalhou como lavrador e carregador de mercadorias. Está organizando o movimento Afro-Brasil em Rolândia. Seu objetivo é apoiar o movimento popular, ajudar na organização dos trabalhadores na luta por seus direitos básicos, como a questão salarial. É ligado ao movimento pela reforma agrária. Luta pela desapropriação de imóveis rurais improdutivos, que podem servir para a agricultura familiar. Aos 42 anos, Marcão milita também nos movimentos comunitários, associações de moradores e setores culturais, como a Escola de Samba Unidos da Soame, escolas de capoeira e Grupo Zumbi dos Palmares.
Site: www.jornaldomarcao.blogspot.com
E-mail: marcao.pcb.estadual@gmail.com
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SAÚDE, HABITAÇÃO e SEGURIDADE SOCIAL, BEM ESTAR E DIREITOS HUMANOS


SAÚDE
- Expansão da rede pública, para garantir o acesso universal ao sistema de saúde gratuito e de qualidade, com ações integradas e preventivas de saúde;
- Criação dos Conselhos Populares de Saúde;
- Aumento imediato dos salários dos profissionais de saúde e implantação de plano de carreira;
- Criação e expansão do programa de Saúde da Família, para acompanhamento sistemático da saúde da população, com a formação de agentes de saúde para atuação junto às comunidades;
-  Saneamento básico e provimento de água potável para toda a população;
- Criação de centros de esporte e lazer nas cidades; recuperação e modernização de praças e parques para atividades esportivas e lazer;
- Implantação de programas de atendimento a gestantes, crianças e paciente crônicos; programa eficiente de saúde da mulher;
- Legalização do aborto e políticas públicas de promoção dos direitos da mulher.

HABITAÇÃO- Universalização do acesso à moradia digna, direito fundamental do cidadão;
- Criação dos Conselhos Populares de Habitação;
- Estabelecimento de programas de urbanização de favelas e comunidades precárias, discutido e realizado em conjunto com os seus moradores; em áreas de risco, não passíveis de urbanização, a remoção dos moradores será feita de acordo com a comunidade, respeitando o direito à vizinhança e garantido o transporte de qualidade, do novo local de moradia até o local de trabalho dos moradores;
- Taxação progressiva dos impostos sobre a propriedade;
- Apoio ao movimento urbano dos sem-teto, visando organizar a ocupação coletiva de prédios abandonados e terrenos ociosos voltados à prática da especulação, para fins de moradia popular;
- Articulação dos programas habitacionais e de implantação de infraestrutura com uma política de geração de emprego e renda;
- Envolvimento das universidades e dos institutos de pesquisa na implementação do plano de reforma urbana, com o redirecionamento de ações de ensino, pesquisa e extensão, articulando temáticas sociais ao planejamento e desenvolvimento urbano.

SEGURIDADE SOCIAL, BEM ESTAR E DIREITOS HUMANOS - Criação do Conselho Popular dos Direitos do Cidadão, encarregado de traçar uma política de direitos para a população, de coordenar a rede de Centros de Direitos e da Cidadania e de fiscalizar a elaboração e a execução das políticas públicas de seguridade social, bem estar e segurança;
- Criação dos Centros de Direitos e da Cidadania, para prover juizados de pequenas causas, serviço de identificação e orientação àao povo;
- Garantia de cobertura assistencial médica e social aos idosos e doentes crônicos; rede de creches públicas;
- Programa de segurança alimentar, para a garantia da alimentação básica a toda a população;
- Abertura dos arquivos da Ditadura, no plano estadual;
- Programas de combate contra qualquer tipo de discriminação – racial, sexual, religiosa e outros;
- Política pública de segurança, sob controle popular, para combater a violência com ações integradas de distribuição de renda e desenvolvimento social, associadas a uma ação policial prioritariamente investigativa;
- Criação de Polícia Civil Unificada, como um corpo de proteção ao cidadão, capacitada técnica e cientificamente para o trabalho investigativo; criação de uma academia de polícia e planos de carreira para os policiais e pessoal técnico, com a dignificação dos salários.
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EDUCAÇÃO, CULTURA , MEIO AMBIENTE e TRANSPORTES


EDUCAÇÃO
- Criação dos Conselhos Populares de Educação, para, através do Poder Popular, promover a necessária revolução na educação: fim da mercantilização do ensino, da desigualdade de acesso ao conhecimento e combate à reprodução da ideologia burguesa;
- Taxação progressiva dos lucros obtidos pela rede privada, para financiar a expansão da escola pública; aumento da fiscalização sobre as escolas particulares, nos planos acadêmico, trabalhista e fiscal, com a encampação, pelo Estado, das empresas educacionais de baixa qualidade ou em situação irregular;
- Universalização do acesso ao ensino médio público, gratuito e de qualidade, com elevação do padrão de qualidade do ensino público em todos os níveis, combatendo a lógica da reprodução capitalista e da dominação burguesa, que reserva aos alunos da escola pública a formação para o trabalho assalariado;
- Construção de uma escola universal, laica e libertária, que permita ao educando obter uma formação sólida, rica, crítica e abrangente, para levá-lo ao exercício de suas potencialidades e da cidadania; 
- Melhoria dos salários e das condições de trabalho dos profissionais de educação, com contratação apenas por concurso, aplicação dos planos de cargos e salários, elevação do padrão de qualificação e programas de formação continuada;
- Programa de apoio econômico às famílias, com base na carência de cada uma e na existência de filhos e agregados matriculados e estudando nas escolas públicas estaduais;
- Programas de construção de bibliotecas, áreas esportivas e instalações adequadas e condições materiais para o ensino de arte e educação física para todos os estudantes da rede estadual; publicação de livros didáticos a baixo preço;
 - Ampliação das redes públicas de Rádio e TV educativas.

CULTURA
 - Criação dos Conselhos Populares de Cultura;
 - Cadastramento, recuperação e preservação do patrimônio cultural das cidades;
- Criação de Centros Culturais, com salas para acesso à internet, biblioteca, livraria, cinema, teatro, espaço para dança e exposições;
- Fomento da produção de livros e abertura de livrarias; criação de mercados populares para a venda de livros e outros produtos culturais;
- Programas de fomento a novos artistas, autores e grupos e de formação de público, garantindo o acesso amplo aos mais diversos gêneros de música, dança e artes plásticas;
- Apoio à criação e expansão de museus interativos;
- Resgate do acervo histórico (mapas, documentos, livros esgotados, prédios, etc.) do Estado.

MEIO AMBIENTE- Criação dos Conselhos Populares do Meio-Ambiente;
- Plano de desenvolvimento e recuperação do meio-ambiente, que inclua recomposição da cobertura vegetal, a recuperação de rios, lagoas, restingas, além de outros sistemas;
- Cumprimento e aperfeiçoamento da legislação de obras para que contemple a proteção ambiental, com forte taxação e penalidades às empresas destruidoras do meio-ambiente;
- Criação de polos industriais para incentivo às empresas produtoras de mercadorias ambientalmente amigáveis, que utilizam energias renováveis, tecnologias limpas e promovam boas condições de trabalho;
- Criação de uma empresa pública para a pesquisa, a produção e a distribuição de energia a partir de fontes renováveis, com destaque para as energias eólica, solar e de biocombustíveis; políticas de incentivo ao consumo de energia gerada por fontes alternativas;
- Usinas de reciclagem de lixo, com tecnologia apropriada; eliminação dos “lixões” e aterros sanitários existentes sem as condições adequadas;
- Projetos de educação ambiental nas escolas e comunidades; coleta seletiva do lixo;
- Ampliação e conservação, sob controle popular, do número e da qualidade de parques e jardins nas cidades.

 TRANSPORTES
- Prioridade ao desenvolvimento do sistema de transporte coletivo e de massa, com garantia da mobilidade urbana e intermunicipal a baixo preço;
- Garantia de transporte gratuito para idosos, estudantes e desempregados;
- Criação dos Conselhos Populares de Transportes;
- Criação de empresas públicas, não renovação de concessões, revisão de contratos e aumento da fiscalização sobre as empresas privadas, com a encampação das empresas irregulares ou em situação falimentar;
- Incentivo ao transporte aquaviário, metroviário e ferroviário;
- Revisão do sistema de tarifação atual, com a implantação de tarifa única a baixo preço.
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DEMOCRACIA E PODER POPULAR; ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES


DEMOCRACIA E PODER POPULAR
Democratização efetiva do poder através da instauração do Poder Popular, como forma de construção da democracia direta:
1 - Nas cidades e regiões, com a formulação e acompanhamento das políticas de saúde, da segurança, do meio-ambiente, da cultura, dos serviços públicos e aparelhos urbanos em geral.
2 - No plano do Estado, com a criação da Assembleia Estadual do Poder Popular e dos Conselhos Populares compostos por representantes da sociedade civil organizada, para a elaboração e o acompanhamento das políticas públicas de saúde, educação, transportes, etc, através da votação das prioridades do orçamento e da fiscalização de sua implementação. Através do exercício efetivo do poder, nos Conselhos Populares, os trabalhadores farão destes organismos os reais centros de decisão e do exercício da vontade coletiva.
3 - No plano da Assembleia Legislativa, com o acesso das representações comunitárias e entidades representativas da sociedade civil à tribuna e às comissões de trabalho parlamentar. Lutaremos para que os mesmos procedimentos sejam adotados nas Câmaras de Vereadores.
4  - No plano do Executivo, para a discussão das políticas, o acompanhamento e a fiscalização das suas atividades. As instâncias de Poder Popular terão poder decisório no estabelecimento das prioridades do Orçamento Estadual, que será, finalmente, um Orçamento elaborado coletivamente.

ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES

- Criação do Conselho Popular de Economia e Desenvolvimento Urbano, para elaboração, implantação e acompanha-mento de reforma urbana centrada no uso social da propriedade e do solo urbano e de um plano de crescimento econômico e espacial ordenado das cidades e regiões, com desenvolvimento social, elevação da qualidade de vida, geração de empregos e atendimento às necessidades básicas da maioria da população;
- Criação da Região Metropolitana, como um ente político-administrativo autô-nomo, e de entes político–administrativos nas Macrorregiões do Estado, para viabilizar o planejamento econômico integrado entre os Municípios, respeitando-se as peculiaridades e as vocações de cada região;
- Implantação de uma estrutura de plane-jamento econômico e social integrada e participativa, com a cobrança progressiva de impostos sobre o capital, as finanças, as grandes propriedades e grandes fortunas, com o controle e a fiscalização da arrecadação pelos trabalhadores, organizados no Poder Popular;
- Garantia do acesso universal aos serviços urbanos e sociais e aos espaços públicos de convívio, lazer, cultura, esportes;
- Prioridade aos investimentos na produção industrial e agrícola voltada para o abastecimento interno, em infraestrutura e em áreas sociais, intensivas em trabalho e geradoras de bem estar, como habitação, transportes, educação, saúde e cultura;
- Programa de reforma agrária, voltado para a produção de hortifrutigranjeiros, articu-lada à criação de mercados populares para venda de alimentos e produtos do trabalho individual e cooperativo;
- Banco de Fomento para pequenos empreendimentos, sob controle popular;
- Recuperação do patrimônio histórico e incentivo ao turismo cultural e ecológico;
- Plano de desenvolvimento científico e tecno-lógico que aponte para prioridades so-ciais: emprego, saúde, educação, habitação, transportes, defesa civil, meio ambiente, habitação e desenvolvimento urbano.
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Veja os blogs dos candidatos

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


A internet é uma aliada nessa disputa desigual entre as candidaturas. Os camaradas Ivan Pinheiro, Amadeu Felipe, Gilberto, Fábio, Sebastião Alves e Marcão lançaram suas páginas na rede mundial de computadores. Ainda nesta semana Jorge Chaves, Krystofer e Galo Di Oro também devem lançar suas páginas. Saudações comunistas.

IVAN PINHEIRO - Presidente

AMADEU FELIPE - Governador

GILBERTO - Senador
SEBASTIÃO ALVES - Deputado federal

FÁBIO - Deputado estadual

MARCÃO - Deputado estadual
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VÍDEO PCB - Horário Eleitoral


Primeiro programa de TV do PCB para a campanha a Presidente Ivan Pinheiro 21 PCB

O programa já está disponível na internet:
http://www.youtube.com/watch?v=MlnUqP4Vh_s
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VÍDEO: “O PCB está ao lado trabalhador”, diz Amadeu


O PCB está presente nas eleições 2010 para marcar posição. O Partido Comunista Brasileiro trabalha por votos conscientes, votos de protesto. Queremos a reflexão e denunciar as mentiras da campanha eleitoral. O nosso candidato a presidente é Ivan Pinheiro e ao governo do Paraná, Amadeu Felipe.

Amadeu Felipe participou do debate promovido pela Rede Bandeirantes entre os candidatos a governador do Paraná, no dia 12 de agosto. Ele criticou a falsa democracia, em especial, os veículos de comunicação que limitam a participação nos debates aos candidatos de partidos com representação parlamentar.

O comunista disse que é preciso ter lado em questões importantes do País e do Estado, como a reforma agrária. “O lado do meu partido é o lado do povo trabalhador, dos pequenos produtores, é o lado do MST, é o lado das organizações sociais que lutam todo o dia por uma reforma agrária que não acontece no Brasil há muitos anos”, afirmou.

ASSISTA AO VÍDEO

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Candidatos do PCB - Paraná


O PCB lançou chapa completa no Paraná nestas eleições. Os camaradas Amadeu Felipe, Gilberto, Sebastião Alves, Fábio, Jorge Chaves, Krystofer, Marcão e Galo Di Oro apresentaram os nomes para usar o pleito burguês e fazer propaganda partidária comunista. A partir de hoje você encontrará neste blog os ideias comunistas que nos levam a participar desse falso momento democrático. Esse será, acima de tudo, de denúncias de um jogo de cartas marcadas. Acompanhe!.



GOVERNADOR

AMADEU FELIPE..........................21

SENADOR
GILBERTO....................................211

DEPUTADO FEDERAL

SEBASTIÃO ALVES ..................2145

DEPUTADO ESTADUAL
FABIO .......................................21021
JORGE CHAVES.......................21789
KRYSTOFER............................21000
MARCÃO ...................................21888
GALO DI OURO .......................21456
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MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO – PCB

domingo, 1 de agosto de 2010



MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO – PCB
CONSTRUIR O PODER POPULAR
AVANÇAR NA LUTA PELO SOCIALISMO

O PCB apresenta sua candidatura à Presidência da República. Na campanha, apresentaremos propostas e caminhos de luta para a superação dos graves problemas que afligem a grande maioria da população. Muito mais que pedir votos, contribuiremos para os trabalhadores brasileiros fazerem uma reflexão sobre seu futuro e o futuro do país.
A crise econômica internacional revela a face real e crua do capitalismo. Ela desvendou o caráter de classe do sistema: enquanto os governos da burguesia injetaram trilhões de dólares para salvar os banqueiros e a elite parasitária, os trabalhadores estão perdendo seus empregos, direitos e salários. Mais e mais homens, mulheres e crianças passam a viver na miséria absoluta.
A continuidade do capitalismo é uma ameaça à própria vida, à natureza e à espécie humana. Este sistema está completamente falido; mas não cairá de podre, se os trabalhadores não o derrotarem. Fará de tudo para aprofundar a exploração e atacar mais os sindicatos e as organizações populares. De tudo farão para explorar as reservas de recursos naturais e a biodiversidade do planeta.
Mesmo ferido pela crise, o sistema imperialista afia suas garras para manter essa ordem envelhecida e desumana. Promove a guerra contra povos inteiros, como no Iraque e no Afeganistão, arma Israel para apoiar sua política genocida e a expulsão dos palestinos de suas terras, realiza provocações e campanhas permanentes contra os povos que decidem resistir aos seus interesses. Na América Latina, promove golpe militar em Honduras, mantém o embargo criminoso contra Cuba e reativa a IV Frota para ameaçar os povos e garantir o controle sobre as riquezas naturais da região. Bases militares são criadas em vários países para cercar os governos progressistas, principalmente da Venezuela.
O Brasil tem realizado ações no plano internacional que demonstram alguma autonomia e mesmo algum grau de conflito em relação aos interesses dos Estados Unidos e seus aliados. Mas é clara a vinculação da política externa brasileira aos interesses do capital, tanto no que diz respeito às empresas brasileiras, que participam de obras e empreendimentos por toda a América Latina, quanto às empresas estrangeiras que atuam no território brasileiro.
Do projeto burguês de inserção do Brasil, como potência, ao capitalismo internacional faz parte a estratégia brasileira de integração regional: se a proposta da ALCA (projeto agressivo do imperialismo para impor a dependência econômica e política às nações do continente) foi enterrada com ajuda do Brasil, não há interesse da parte do governo brasileiro em fortalecer a ALBA, integração soberana e anti-imperialista da América Latina, liderada por Cuba, Venezuela e Bolívia. E as forças militares brasileiras são mantidas no Haiti, a pedido dos EUA, para manter o domínio sobre aquele povo.
A política econômica de Lula é semelhante à política de FHC, adaptada ao atual quadro internacional. O Brasil se transformou no paraíso do grande capital. Enquanto banqueiros e grandes capitalistas enchem as burras de dinheiro, o governo deixa de realizar a reforma agrária, leiloa nossas reservas de petróleo, se omite diante da criminalização dos movimentos populares e da privatização da saúde e da educação.
A miséria e as precárias condições de vida que afligem a maioria da população brasileira têm uma causa central: o sistema capitalista, mantido pela dominação da classe proprietária dos meios de produção sobre o conjunto da classe trabalhadora. No Brasil, construiu-se um capitalismo desenvolvido, com relações sociais burguesas plenamente consolidadas.
Nesse quadro, somente uma grande frente anticapitalista e anti-imperialista - envolvendo organizações políticas, movimentos populares e setores progressistas da sociedade - será capaz de organizar e mobilizar os trabalhadores, não apenas para as eleições, como é praxe nos partidos burgueses e reformistas, mas principalmente para lutar pelas transformações sociais, econômicas e políticas necessárias para a superação do capitalismo.
A disputa entre as maiores coligações partidárias nestas eleições é apenas superficial, pois não coloca em jogo a natureza do Estado brasileiro, vinculado aos interesses do grande capital financeiro e industrial. O PCB rejeita a falsa polarização imposta pelos meios de comunicação, que querem transformar essas eleições em mera escolha de quem será o melhor gerente para o capitalismo brasileiro e tentar afastar a população de uma alternativa popular para o Brasil.
O PCB está lançando uma campanha política, não apenas uma campanha eleitoral. Será uma CAMPANHA MOVIMENTO, uma CAMPANHA MANIFESTO, em que não apresentaremos propostas para humanizar e moralizar o capitalismo, que é intrinsecamente desumano e corrupto. Denunciaremos a farsa da democracia burguesa. Deixaremos claro que nossas propostas somente poderão se tornar realidade com o apoio, a mobilização e a organização dos trabalhadores, reunidos em uma ampla Frente Anticapitalista e Anti-imperialista.
O PCB vai qualificar o debate, colocar o dedo na ferida. Apresentamos aqui os eixos políticos do nosso PROGRAMA ANTICAPITALISTA E ANTI-IMPERIALISTA PARA O BRASIL, para serem aprofundados durante e depois da campanha eleitoral.
1 – DEMOCRACIA DIRETA: O PODER POPULAR
  • Construção do Poder Popular, para desenvolver a democracia direta e fortalecer a organização do povo.
  • Plebiscitos e referendos sobre temas de interesse nacional; ampliação do direito de iniciativa legislativa popular.
  • Congresso Nacional unicameral, com extinção do Senado.
  • Reforma política, com financiamento público das campanhas; voto em lista; liberdade de organização partidária.
  • Abertura dos arquivos da ditadura e criação de uma Comissão de Verdade; revogação da anistia aos torturadores.
  • Democratização e controle social dos meios de comunicação.
2 – MUDANÇA RADICAL NA POLÍTICA ECONÔMICA E NO PAPEL DO ESTADO
  • Estatização e controle público das empresas estratégicas e das instituições financeiras.
  • Estado forte e eficiente, sob controle e a serviço dos trabalhadores.
  • Planejamento econômico estatal, com participação dos trabalhadores.
  • Produção em larga escala de produtos essenciais à vida, a preço de custo.
  • Incentivo à pesquisa para desenvolvimento social com qualidade de vida.
  • Reforma urbana; democratização do uso do solo e redução das desigualdades sociais.
  • Reforma agrária; prioridade à agricultura familiar e cooperativas, em detrimento do agronegócio; produção de alimentos para o mercado interno.
  • Ruptura com a política do FMI; suspensão do pagamento das dívidas interna e externa;
  • Fim da autonomia do Banco Central; recriação e fortalecimento dos bancos públicos estaduais e regionais.
  • Taxação dos lucros das grandes empresas, do sistema financeiro e das grandes fortunas; isenção de imposto de renda sobre salários.
  • Monopólio estatal do petróleo, com a reestatização plena da Petrobrás; extinção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e anulação dos contratos de risco e leilões.
  • Utilização dos lucros com a exploração do petróleo vinculada ao enfrentamento dos problemas sociais.
  • Gerência dos recursos do pré-sal pela Petrobrás, garantida sua distribuição aos Estados na proporção inversa do IDH.
  • Reestatização da Vale do Rio Doce e de todas as empresas estatais estratégicas privatizadas.
3 – MAIS E MELHORES DIREITOS
  • Garantia de emprego e recuperação do poder de compra dos salários.
  • Redução da jornada de trabalho sem redução salarial; fim do banco de horas e elevada taxação das horas extras.
  • Elevação imediata do salário mínimo.
  • Previdência social universal; fim do fator previdenciário; aumento real dos proventos e pensões.
  • Universalização, através de progressiva estatização, do acesso à educação e à saúde; qualificação e melhor remuneração dos servidores públicos.
  • Erradicação do analfabetismo.
  • Reforma do sistema judiciário, com acesso universal à assistência jurídica.
  • Contra a mercantilização da arte, da produção intelectual e do conhecimento; liberdade de produção artística e intelectual.
  • Legalização do aborto; assistência à gestação, ao parto, ao pós-parto e ao desenvolvimento pleno da criança.
  • Direito à moradia, com financiamento público de habitações populares; universalização do saneamento básico.
  • Estatização e planejamento integrado dos transportes, com expansão da rede metroviária, ferroviária e aquaviária.
4 – FIM DA DESTRUIÇÃO CAPITALISTA DO MEIO AMBIENTE
  • Política sustentável de meio ambiente; recuperação das áreas degradadas, proteção aos biomas; reordenação da produção para uso racional de energia e dos recursos naturais.
  • Defesa das terras indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
  • Suspensão imediata da construção da Usina de Belo Monte e revisão de todas as obras do PAC;
  • Defesa da Amazônia e do Aquífero Guarani, em conjunto com os países vizinhos que compartilham estas riquezas naturais.
  • Revitalização do Rio São Francisco como pré-requisito para a transposição de suas águas para as populações de regiões secas e não para o agronegócio.
  • Produção de energia a partir de fontes renováveis e alternativas, como o biodiesel, energias eólica e solar.
  • Tratamento estratégico para as reservas dos recursos minerais brasileiros, com ritmo de extração determinado pelas necessidades internas.
5 – SOBERANIA E SOLIDARIEDADE INTERNACIONA
  • Posição soberana e independente nas relações internacionais.
  • Luta pela substituição da ONU por um novo organismo mundial, democrático e voltado para a superação das desigualdades em nível planetário e para a paz entre os povos.
  • Política externa anti-imperialista, privilegiando relações de interesse recíproco com países periféricos e emergentes.
  • Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistência frente à opressão interna e à dominação estrangeira.
  • Revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos e retirada das tropas brasileiras do Haiti, com sua substituição por médicos, engenheiros e professores.
  • Luta pela retirada da IV Frota e das instalações militares norte-americanas da América Latina.
  • Ingresso do Brasil na ALBA, integração solidária e soberana da América Latina.
  • Solidariedade irrestrita à Revolução Socialista Cubana e aos processos de mudanças na Venezuela, Bolívia e outros países.
  • Renegociação do acordo de Itaipu com o Paraguai e devolução de seu Arquivo Nacional.
  • Reconhecimento das FARC como organização política insurgente; iniciativas para assegurar negociações de paz com justiça social na Colômbia.
  • Rompimento do Tratado de Livre Comércio com Israel, baseado apenas em material bélico.
  • Apoio à construção do Estado Palestino democrático, popular e laico, sobre o solo pátrio palestino.
  • Reestruturação das Forças Armadas brasileiras e mobilização popular, para a defesa contra a agressividade imperialista.
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
Agosto de 2010
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Um programa anticapitalista e antiimperialista para o Brasil

quinta-feira, 8 de julho de 2010


Partido Comunista Brasileiro – PCB
Um programa anticapitalista e antiimperialista para o Brasil
I – O contexto em que se dão as eleições de 2010
As eleições deste ano se dão em um momento em que o sistema capitalista mostra a sua real natureza. A atual crise econômica internacional é uma crise de superprodução e superacumulação, acelerada pela vigência, nas duas últimas décadas, de políticas neoliberais, em que o capitalismo, mundializado, seja nos mercados de matérias primas, nas cadeias produtivas de produtos e serviços, seja na presença dominante de grandes conglomerados internacionais – oligopolistas ou mesmo monopolistas – ou na financeirização da riqueza, revela, ao mesmo tempo, a sua fragilidade e os seus efeitos para a classe trabalhadora: o desemprego generalizado, a perda de direitos, a desesperança.
As respostas dadas à crise, pelo lado do mercado, são a maior concentração de capital, com a absorção das empresas “quebradas” pelos grandes grupos mais “eficientes”; pelo lado do poder público, a íntima ligação entre os Estados capitalistas e os grandes grupos econômicos privados se traduz na enorme “ajuda” dada pelos governos aos bancos e empresas financeiras, industriais e comerciais em estado falimentar.
No plano político, as lideranças burguesas dividem-se entre as que, de um lado, defendem um Estado promotor de políticas compensatórias e incentivador de um “desenvolvimentismo” capaz de acelerar o crescimento capitalista e pretensamente resolver as desigualdades sociais através do ciclo virtuoso da produção, emprego, consumo. De outro, há os que defendem a ampliação das políticas neoliberais, com mais retirada de direitos dos trabalhadores, mais privatização, mais dependência do Estado ao capital financeiro internacional.
A classe trabalhadora, ainda desarticulada pela perda de garantias e não menos fragilizada em sua organização pela ameaça constante do desemprego e pelos processos articulados à chamada “reestruturação produtiva”, começa, no entanto, a mobilizar-se em amplas manifestações e greves, como vem ocorrendo na Grécia, na Espanha, na França, em Portugal. No plano político, os exemplos dos governos progressistas da América Latina, eleitos com o apoio de movimentos populares organizados e impulsionados por eles, têm demonstrado que há alternativas reais ao capitalismo e ao imperialismo capazes de elevar, de fato, o nível de qualidade de vida e de participação política da classe trabalhadora.
II – O contexto brasileiro
A estrutura de classes, no Brasil, se caracteriza pela formação de uma burguesia monopolista e suas diversas facções: a burguesia industrial, a burguesia bancária/financeira, a burguesia comercial, a burguesia agrária, a burguesia do setor de transportes e um setor que controla serviços diversos formados pela mercantilização crescente de setores como o da saúde, educação e outros. Generalizou-se o assalariamento, formou-se um numeroso proletariado, majoritariamente urbano, e um grande proletariado precarizado, além de camadas urbanas intermediárias que vão desde setores de profissionais assalariados, pequenos e médios comerciantes, técnicos especializados, professores, pesquisadores, médicos, advogados e outras categorias.
Aos efeitos da exploração capitalista, no Brasil, somam-se a vigência das políticas neoliberais dos governos Collor, Itamar Franco, FHC I e II e a aplicação do programa social liberal de Lula I e II, associadas a uma grande fragmentação da classe trabalhadora, com a terceirização e a precarização do trabalho. Além disso, os trabalhadores perderam, em parte, sua unidade e identidade política pela degeneração de grande parcela dos dirigentes sindicais e partidários burocratizados.
A construção do Estado burguês no Brasil se deu pela ação dos grupos dominantes que o controlaram, e marcou a formação de um tipo de sociedade civil burguesa e uma forma particular de constituição da hegemonia capitalista. As instituições do Estado sempre foram espaços de organização do poder da classe dominante, com predominância dos aspectos repressivos e coercitivos.
O período da ditadura empresarial-militar e a fase posterior de retomada da legalidade democrática marcaram a consolidação de um bloco dominante, formado pela aliança de classes entre a burguesia monopolista, o latifúndio tradicional e o imperialismo, que aprofundou o processo de construção do Estado burguês no Brasil, um Estado fundado em um ordenamento jurídico estabelecido, reconhecido e legitimado, com instituições igualmente consolidadas no Executivo, Legislativo e Judiciário. Formou-se, assim, uma sociedade civil-burguesa com um conjunto de instituições enraizadas e, em parte, legitimadas no corpo da sociedade, tendo se consolidado uma hegemonia liberal burguesa e um regime formalmente democrático. Este processo se completa com o estabelecimento de poderoso monopólio capitalista nas comunicações, na informação e na organização da cultura, responsável por aprimorar e fortalecer a dominação ideológica burguesa em nosso país.
A socialdemocracia brasileira formou-se tardiamente, em um período em que não mais havia a possibilidade de mitigar os efeitos da exploração do capital sobre o trabalho. Ao contrário de muitos países europeus no pós-guerra, tais como Suécia, Dinamarca, Inglaterra e outros, que adotaram programas sociais avançados em meio a condições específicas como a presença do Bloco Socialista, a mobilização de forças populares e comunistas gerada pela luta contra o nazifascismo e a necessidade de contar com o Estado para enfrentar as condições de destruição geral causadas pela guerra, o capitalismo brasileiro, nos anos 1980, já apresentava um caráter monopolista e desenvolvido, e a burguesia brasileira já se encontrava em pleno processo de integração mundial. Naquele momento, não havia mais espaço, no Brasil, para uma mediação política entre os dois polos do capitalismo que pudesse resultar em ganhos materiais e direitos sociais significativos para a classe trabalhadora.
As principais representações políticas da socialdemocracia – o PT, a CUT, a UNE e a UBES (aos quais também podemos associar o PC do B e a recém-criada CTB) – mostram-se adaptadas à ordem dominante. Suas ações limitam-se a meras proclamações formais, sem capacidade ou intenção de reverter o quadro geral. Esta situação se explica pela cooptação das direções e pelo amoldamento de sua burocracia, que encontra um ponto de existência e privilégio na própria estrutura burocrática partidária, estudantil ou sindical e em espaços na institucionalidade do Estado Burguês. O mesmo ocorre com parte dos movimentos sociais e populares e a base do movimento sindical, que respondem com o adiamento ou abandono das reais demandas da classe. Assim, a institucionalidade burguesa logrou deslocar o eixo da luta para a representação política e a jurisdicionalização das demandas políticas.

III – O governo Lula
O governo Lula usa com maestria a combinação eficiente de consenso e coerção, que garante a reprodução do domínio da ordem monopolista burguesa. Lula usa a cooptação dos trabalhadores pela ordem burguesa, que os mantém nos limites da ordem do capital, controlados pelas determinações do mercado e por um conjunto de mecanismos que envolve a manipulação dos corações e mentes pelos meios de comunicação, ações permanentes no interior das empresas para a colaboração de classe, promoção da cultura do individualismo, incentivos materiais como participação nos lucros e resultados das empresas e até a cooptação pura e simples das lideranças sindicais. Quando esses métodos não funcionam, as classes dominantes apelam para a repressão contra todos aqueles que se levantam contra essa ordem. Isso explica a criminalização dos movimentos sociais, da militância anticapitalista e da pobreza.
Lula promove a integração da economia brasileira ao mercado internacional tendo como papel-chave a exportação de matérias-primas e produtos agrícolas, a importação de capitais e a conquista de “nichos” nestes mercados – e, em alguns outros, bem demarcados, de produtos industriais – com a criação de grandes empresas transnacionais lastreadas em capital brasileiro. No plano político, Lula vem ocupando um espaço de alguma independência em relação aos países capitalistas desenvolvidos, como no caso da América Latina, adotando posições que até podem, eventualmente, contrapor-se aos interesses dos EUA e seus aliados, mas que, na essência, significam a defesa dos interesses dos grupos econômicos brasileiros no exterior.
A política econômica do governo Lula tem se baseado na oferta de apoio irrestrito aos interesses dos grandes bancos e empresas industriais, brasileiras ou estrangeiras, não faltando concessões a grupos madeireiros ou apoio financeiro a bancos e empresas industriais em dificuldade, em meio à crise econômica, como foi o caso do grupo Votorantim.
O crescimento, tímido, da economia brasileira, nos últimos anos, se deu basicamente às custas da expansão da fronteira agrícola, das divisas provenientes da exportação de minérios e produtos agrícolas, do impacto do crescimento da atividade de exploração e produção de petróleo no mar e do efeito de uma demanda interna de equipamentos e bens de consumo duráveis, fomentada com uma política de crédito ao consumidor – uma política praticamente ausente, até recentemente, no Brasil – que tem um perfil de autossustentação que, mesmo com uma escala limitada, gerou uma relativa expansão das camadas médias.
Lula acena com algumas medidas de fortalecimento do Estado, como no projeto do regime de partilha para a exploração do petróleo da camada pré-sal e na retomada de algumas empresas estatais como a Brasil Telecom. Ao mesmo tempo, mantém o programa de bolsas-família (criado no governo FHC, a partir de sugestão do Banco Mundial) e adota outras medidas de caráter assistencialista.
No entanto, o quadro geral da distribuição de renda no país alterou-se muito pouco, sendo alarmante o número de residências precárias e sem saneamento básico (mais de 50%) e situadas em áreas desprovidas de infraestrutura urbana, o elevado patamar de desemprego, a alta incidência de verminoses e doenças decorrentes da subnutrição e outras que já haviam sido erradicadas, a total falta de proteção previdenciária aos trabalhadores, a insuficiência e fragilidade dos sistemas públicos de saúde de educação, de transportes e outras áreas de interesse social.

IV – O que está em disputa nas eleições de 2010
As eleições deste ano dividem, aparentemente, os dois blocos que representam os interesses da burguesia: de um lado, o PSDB e seus aliados, sustentados pelo grande capital financeiro, propondo mais neoliberalismo, menos direitos para os trabalhadores, mais liberdade para os capitais, mais dependência aos EUA e seus aliados; de outro, o PT e seus aliados, mantendo o domínio burguês e a política econômica neoliberal, com algumas concessões de caráter assistencialista e alguma dose de maior independência no campo internacional. Na essência, a disputa se dá em torno da gestão do aparelho de Estado, com poucas distinções quanto ao projeto político em si.
Para o PCB, a disputa eleitoral se insere estrategicamente na luta pela superação revolucionária do capitalismo e pela construção do Socialismo. A ação eleitoral se soma às manifestações de dissidência contra a ordem e na defesa das conquistas e direitos dos trabalhadores.
A Campanha Movimento do PCB, estruturada na perspectiva de contribuir para a organização da Frente Anticapitalista e Antiimperialista e do seu programa de superação do capitalismo, aponta para a construção de um bloco político contra-hegemônico – de partidos, organizações políticas e movimentos populares – , cuja força estará ligada à capacidade de a classe trabalhadora entrar em cena novamente com independência e autonomia histórica, bem como à iniciativa das vanguardas que resistiram à acomodação e mantiveram-se em luta contra a ofensiva do capital monopolista.

V – Um programa anticapitalista e antiimperialista para o Brasil
O PCB participa das eleições de 2010 combatendo a institucionalidade política que, consolidada nos marcos da hegemonia liberal burguesa, se apresenta hoje como a rendição a formas viciadas e tradicionais de fazer política, de fisiologismo, corrupção, manipulação de massas para fins eleitorais, controle autoritário das máquinas políticas, personalismo e caciquismo, simbiose com o capital para financiar as campanhas, comprometimento dos candidatos com os esquemas que os financiaram e desvios burocráticos no controle dos mandatos e cargos governamentais.
Esta institucionalidade consolidou uma cultura passiva da maioria dos brasileiros em relação às eleições, com uma divisão social e técnica do trabalho político-eleitoral na qual cabe a militantes profissionais a condução das campanhas, apenas para certas lideranças o papel de candidatos e, aos trabalhadores, o papel de meros eleitores. Descaracterizaram-se os programas como expressão de interesses reais das classes, transformando-os em peças de marketing político, quando não em puro oportunismo eleitoral.
Há um evidente desgaste no que se refere à capacidade de que o processo eleitoral conduza à real solução dos problemas vividos pela população, e a desigualdade das condições de disputa eleitoral é cada vez mais desfavorável para candidaturas contestadoras da ordem.
Mesmo sob condições adversas, o PCB entende que as eleições são um momento importante na vida política do país. Um momento em que os partidos e forças políticas podem apresentar-se diretamente, levando sua visão e sua avaliação quanto às condições de vida dos trabalhadores, seu entendimento quanto às causas profundas dos problemas que afligem a maioria da população e, principalmente, suas propostas para a construção de uma nova sociedade.
Para o PCB, as precárias condições de vida da maioria dos trabalhadores e a exclusão de grandes contingentes da população da possibilidade de ter um emprego formal, com os direitos trabalhistas garantidos, de ter direitos sociais – como uma aposentadoria digna, moradia, assistência à saúde e acesso à educação – são causadas pelo sistema capitalista e a dominação imposta sobre a classe trabalhadora pela burguesia, que se traduz na propriedade das fábricas, dos bancos, das fazendas, no controle do poder político sobre a difusão das informações pela grande mídia e outros meios.
Propomos, como alternativa, a construção revolucionária do Socialismo, formulado a partir do balanço crítico das experiências socialistas do século XX, do acúmulo gerado pelos governos progressistas da América Latina e de países de outras regiões, das lutas, dos experimentos e das proposições dos movimentos dos trabalhadores, dos partidos comunistas, socialistas e de outros grupamentos que lutam contra a exploração capitalista e contra o imperialismo.
O PCB tem plena clareza de que, no Brasil, não será apenas pela via eleitoral que a justiça social será alcançada, e de que o capitalismo só poderá ser superado por meio de um grande movimento de massa, com a vitória dos ideais socialistas e comunistas na disputa de ideias, valores, visões de mundo e projetos de futuro que se trava no seio da sociedade, com a organização dos trabalhadores num patamar superior: a revolução socialista.
É com este espírito que apresentamos, nestas eleições, um programa político que aponta para o exercício do poder como um elemento de organização e de apoio à classe trabalhadora na luta contra a classe burguesa, um programa de execução possível e viável, mas que, pela sua natureza anticapitalista e antiimperialista, requererá, para a sua execução, grande apoio, mobilização e participação popular e a transformação profunda do próprio aparelho de Estado.
O programa que apresentamos se pretende um eixo de lutas contra a ordem burguesa, na perspectiva da formação do Bloco Revolucionário do Proletariado e da construção de uma contra-hegemonia, numa aliança de segmentos da classe trabalhadora capaz de contrapor ativa e decididamente ao poder liberal burguês um poder proletário e popular, organizado e centralizado, para unificar as diversas demandas particulares em um programa geral de lutas e de ação do poder político.
O programa aponta para a construção de uma ordem institucional e política própria dos trabalhadores, capaz de impulsionar a criação de uma nova cultura proletária e popular e de contribuir para colocar o bloco proletário em movimento na luta contra a ordem conservadora.
A governabilidade, assim, será garantida pela mobilização, pela criação de referências claras, para os trabalhadores, desta nova ordem de cunho socialista, com mudanças estruturais no país, novas conquistas e formas ativas de participação e de exercício coletivo do poder político.

VI – Os grandes eixos do Programa
1 – Uma Democracia de Novo Tipo: o Poder Popular
O PCB luta pela inversão da base do poder político atual – lastreado no domínio econômico dos grandes grupos capitalistas –, pela construção da democracia direta dos trabalhadores, com o fortalecimento do poder popular e a reformulação do sistema partidário-eleitoral atual.
Propomos a instituição de novas formas de representação direta dos trabalhadores – o Poder Popular –, que viabilizarão a mais ampla liberdade de opinião, com a participação de movimentos organizados e partidos políticos.
Entendemos ser necessárias: a reforma do sistema de representação político / institucional / partidário / eleitoral vigente, com a proposição de um Congresso Nacional unicameral, com o fim do Senado e a abertura das Tribunas parlamentares para organizações de trabalhadores e de lutas sociais; uma reforma eleitoral, com a adoção do financiamento público de campanha, a mais ampla liberdade de organização partidária, acesso ampliado dos partidos à mídia, fortes restrições ao uso do poder econômico nas eleições, a adoção do sistema de listas partidárias; a ampliação da participação popular nas decisões através da convocação de plebiscitos e referendos para os temas de maior interesse dos trabalhadores; ampliação do direito de iniciativa legislativa popular; a mais ampla liberdade de opinião para todos, para as organizações sindicais e partidárias e para os movimentos sociais e populares em geral; abertura imediata de todos os arquivos da ditadura e criação de uma efetiva Comissão de Verdade; luta pela revogação da decisão do STF de anistia aos torturadores.
2 – Um Estado de Novo Tipo e uma Nova Sociabilidade
É necessário transformar o atual Estado – moldado segundo os interesses da classe dominante – com a criação de novas instituições, sob controle dos trabalhadores.
O Estado precisa desenvolver o papel planejador, produtor e provedor de serviços sociais e de bem-estar em geral para todos os brasileiros, em substituição à regulação feita pelo mercado, conforme o interesse dos grandes grupos capitalistas e monopolistas.
É preciso garantir e apoiar a maior organização dos trabalhadores em sindicatos, associações e partidos políticos. Será imprescindível promover permanente mobilização dos trabalhadores e dos setores populares visando à conquista e a efetiva implementação dos mais amplos direitos sociais e políticos, como o direito à vida, ao trabalho, à informação, à participação no processo político-decisório, à educação plena e a outros direitos sociais, assim como à propriedade coletiva dos principais meios de produção.
O Programa Anticapitalista e Antiimperialista do PCB prevê a superação de toda a exclusão social e cultural, como resultante do processo de lutas construído em conjunto com os movimentos organizados dos trabalhadores, para a retomada da prática do convívio entre todos, para a promoção dos valores do altruísmo e do coletivismo, para a superação dos conflitos e preconceitos raciais, de gênero, de etnias e comportamentais.
3 – Uma Nova Economia: controle dos meios de produção pelos trabalhadores e reordenação da produção
O PCB defende a estatização dos principais meios de produção em substituição à grande propriedade privada, industrial, comercial e agrária, assim como de todo o setor financeiro, com o controle progressivo de todas as grandes empresas pelo Estado e pelo Poder Popular.
São consideradas prioritárias as áreas de infraestrutura – portos, estradas, silos, geração e transmissão de energia, da indústria de base, de máquinas e equipamentos, e todas aquelas consideradas estratégicas e essenciais para a garantia de condições dignas de vida à classe trabalhadora.
Uma nova política econômica deve ser pensada visando à construção das bases para a superação do capitalismo, na direção da economia socialista. Isto implica na necessária substituição do desenvolvimento econômico determinado pelos imperativos do mercado pelo desenvolvimento voltado ao atendimento das necessidades sociais e da qualidade de vida dos trabalhadores e das camadas populares.
A nova política econômica também deve prever:
a) A produção em larga escala de materiais de construção, medicamentos, roupas, livros e todos os produtos essenciais para a vida, garantida a sua distribuição a preço de custo ou subsidiados, ao passo que todos os produtos considerados supérfluos terão sua produção sobretaxada;
b) A reordenação espacial do desenvolvimento econômico e social, com a criação de polos de desenvolvimento no interior e planos diretores para as grandes cidades visando à harmonização e equalização do processo;
c) Ampla reforma urbana, visando à democratização do uso do solo e a redução das desigualdades sociais, bem como o macroplanejamento urbano, com a criação de entes administrativos para as regiões metropolitanas; garantia da mobilidade urbana, da universalização do provimento de infraestrutura, de serviços sociais e dos serviços urbanos;
d) Reforma Agrária sob controle das organizações dos trabalhadores, de forma a democratizar a posse da terra, especialmente com a construção de grandes fazendas estatais e cooperativas agropecuárias, estas em regime de usufruto e propriedade estatal;
e) Política agrícola voltada para a produção de alimentos para o mercado interno, com garantia de financiamento e preços mínimos, oferta de infraestrutura de armazenagem e escoamento da produção, apoio técnico e incentivo à cooperativização;
f) Política de incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, envolvendo universidades, institutos de pesquisas governamentais e empresas públicas, voltada para as necessidades da maioria da população e em consonância com as potencialidades do país;
g) Produção de energia a partir de fontes renováveis; aceleração do programa de utilização do álcool combustível, do biodiesel e de pesquisa para o uso mais intensivo da biomassa, das energias eólica e solar; tratamento estratégico para as reservas de petróleo e de outros recursos minerais brasileiros, com seu ritmo de extração determinado para a garantia do suprimento de longo prazo das necessidades internas e com o reinvestimento de parte majoritária das receitas geradas na pesquisa de novas fontes de energia renováveis e no provimento de infraestrutura produtiva e social.
O Programa do PCB prevê ainda a implantação do sistema de planejamento centralizado, visando à introdução progressiva de mecanismos de regulação e controle de mercados e a implementação de instâncias decisórias nas grandes empresas, com a participação direta dos trabalhadores.
Por isso, como medidas imediatas, propomos:
a) Criação de grandes empresas produtivas estatais, com a participação direta dos trabalhadores na sua gestão;
b) Monopólio estatal do petróleo, com a reestatização plena da Petrobrás, a extinção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a anulação de todos os contratos de risco e leilões realizados em território brasileiro;
c) Gerência dos recursos do pré-sal pela Petrobrás, garantida sua distribuição aos Estados na proporção inversa do IDH;
d) Reestatização da Vale do Rio Doce, da Embraer e de todas as empresas estatais estratégicas que foram privatizadas;
e) Reestatização do sistema de geração e distribuição de energia elétrica;
f) Fim das agências reguladoras, passando suas atribuições para os respectivos Ministérios;
g) Controle sobre a entrada e saída de capitais, com a estatização do sistema bancário e do câmbio, o monopólio cambial e a adoção do regime de câmbio fixo;
h) Reforma tributária e política fiscal orientada para a taxação dos lucros das grandes empresas privadas, dos ganhos do sistema financeiro e das grandes fortunas, voltada para o financiamento desenvolvimento social;
i) Isenção de imposto de renda sobre salários;
j) Redução das taxas de juros para geração dos investimentos necessários à retomada do desenvolvimento social voltado à garantia de qualidade de vida da população;
l) Declaração da moratória da dívida interna, com a instituição de uma auditoria e a imediata suspensão dos pagamentos de todas as formas de juros dessa dívida;
m) Fim da autonomia do Banco Central.
4 – Uma Nova Política Social: mais qualidade de vida, mais e melhores direitos
O desenvolvimento científico e tecnológico, a Educação, a Saúde, a Habitação, a Cultura, os transportes públicos e as demais áreas vitais para o desenvolvimento social devem ter caráter predominantemente estatal, de acesso universal e alta qualidade, com o aumento radical de sua participação nos orçamentos e com a instauração de mecanismos de controle direto pelos trabalhadores.
O Programa do PCB prevê novas metas para o desenvolvimento econômico e social, com destaque para:
a) Criação de um sistema previdenciário único e universal para todos os trabalhadores, com a garantia de pensões e aposentadorias plenas; fim do fator previdenciário; eliminação do desemprego e dos empregos informais; garantia de renda mínima, alimentação e abrigo em caráter emergencial para toda a população; imediata redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários; fim do banco de horas e elevada taxação das horas extras; elevação imediata do salário mínimo, de acordo com o DIEESE, e dos salários médios, visando recompor o poder de compra dos trabalhadores, com o atendimento às necessidades fundamentais e a melhoria da qualidade de vida;
b) Garantia da vida, com a caracterização do acesso à saúde pública, gratuita e de qualidade como um direito; estatização do sistema privado de saúde e expansão da rede pública, com garantia de acesso a todos os níveis; instituição do programa de saúde da família em todo o país; elevação dos salários dos profissionais da área e implementação de uma política associada de produção e comercialização de medicamentos a baixo preço; universalização do acesso ao saneamento básico; legalização do aborto e fim da criminalização das mulheres que o praticam; políticas públicas universais que garantam assistência à gestação, ao parto e ao puerpério, assim como os cuidados necessários ao desenvolvimento pleno da criança: creche, escola, lazer, saúde.
c) Universalidade do acesso à educação, com apoio à expansão dos sistemas de ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior; apoio à expansão e melhoria das redes de ensino tecnológico, com elevação dos salários dos profissionais e melhoria da qualificação do magistério; oferta de bolsas de estudo e apoio material para os estudantes; erradicação do analfabetismo em todo o país; ação cultural voltada para o resgate dos valores e referências nacionais e para a participação na construção de uma nova sociedade;
d) Garantia do direito à moradia, com uma política habitacional voltada para o financiamento público de habitações de baixa renda integradas à infraestrutura urbana, apoiada em pesquisa e desenvolvimento tecnológico dirigido para este setor; realização de uma reforma urbana, com a desapropriação de espaços urbanos ociosos destinados à especulação, para a construção de praças, parques e habitações populares nas grandes metrópoles, de forma a zerar o déficit habitacional nessas regiões e expandir o programa para todas as cidades do país;
e) Desenvolvimento de uma política de transportes públicos de qualidade nos grandes centros urbanos, com ênfase no metrô e veículos leves sobre trilhos; elaboração de um planejamento integrado dos transportes, com a estatização das ferrovias, a recuperação do sistema atual e a construção de uma rede ferroviária e aquaviária para o transporte de produtos industrializados e mercadorias em geral; reestatização dos portos;
f) Ampla reforma do sistema judiciário, com a garantia do acesso à assistência jurídica para todos, acompanhamento dos trabalhos da Justiça pelos trabalhadores e cumprimento das leis; elevação do patamar dos direitos sociais e políticos dos trabalhadores;
g) Pleno direito dos trabalhadores organizados e da sociedade em geral à divulgação e ao acesso à informação, à livre circulação das ideias, à ampla divulgação dos debates políticos e à produção cultural; fortalecimento do Estado e organização de foruns participativos e decisórios no âmbito do Poder Popular para definição das políticas públicas de comunicação; criação de rede estatal de televisão e rádio, com programação voltada para a cultura e a livre circulação de informações; revisão das concessões atuais das emissoras de rádio e tv, para a garantia de mais densidade cultural na programação e de não interferência política dos interesses econômicos na geração e difusão de informações.
5 – Fim da destruição capitalista do meio-ambiente
O PCB defende tratamento prioritário para a questão ambiental, tendo como principal eixo a retirada dos recursos ambientais não renováveis e a preservação ambiental da influência e dos ditames dos interesses do mercado capitalista. É preciso garantir a sustentabilidade do meio-ambiente, com a recuperação de áreas degradadas, o reflorestamento e a reordenação da produção para a redução dos gastos com recursos naturais e de energia. Por isso propomos:
a) A criação de áreas de desenvolvimento especiais, com destaque para a Amazônia, o Nordeste, visando a implantação de um modelo de desenvolvimento autossustentado, com a proibição da ocupação de áreas como a floresta amazônica para a pecuária e a formulação de um projeto para a sua exploração econômica racional;
b) Programas especiais de proteção aos biomas, de controle e redução da poluição do ar, de uso racional dos recursos naturais, de reciclagem, remanufatura e tratamento de resíduos;
c) Programas voltados para a melhoria do desempenho ambiental de todas as atividades da vida social, com destaque para a reordenação geral da produção, a desmaterialização de produtos e a introdução de sistemas produtivos de ciclo fechado;
d) Uso racional e soberano das reservas de recursos naturais brasileiros, visando garantir a sustentabilidade intertemporal e a substituição progressiva do uso dos recursos não-renováveis pelos recursos renováveis, no que se refere ao consumo de matérias primas e à geração de energia;
e) Prioridade para o desenvolvimento dos modos de transporte ferroviário e aquaviário.
6 – Uma nova inserção internacional: inserção comercial de novo tipo, soberania e solidariedade
No que tange à inserção internacional do Brasil, propomos:
a) No campo econômico, inversão da atual inserção brasileira no mercado mundial como exportador de matérias-primas e importador de capitais, voltando parte das áreas agrícolas para o consumo interno; equilíbrio na composição das trocas comerciais, diversificando a pauta de exportações – que não mais priorizará as commodities agrícolas; prioridade para as importações de máquinas e equipamentos e para políticas de proteção ao mercado interno; parcerias com os países latino-americanos e os países em desenvolvimento de outras regiões para o estabelecimento de trocas comerciais mais justas; ruptura com as políticas do FMI, com a denúncia da dívida externa e a suspensão dos seus pagamentos, com auditoria; fim dos contratos de empréstimos com os grandes grupos financeiros internacionais;
b) No campo político, busca de alianças entre os países em desenvolvimento, assumindo uma posição soberana e independente com os países desenvolvidos; prioridade para as alianças na América Latina e para a construção das bases econômicas com vistas ao desenvolvimento econômico e social da região em bases igualitárias; política externa antiimperialista, trabalhando pela paz e pela solidariedade efetiva aos povos e países em luta pela autodeterminação e soberania; fortalecimento dos instrumentos atualmente existentes, como a ALBA, Banco do Sul e Unasul e criação de outros mecanismos que possibilitem uma integração mais rápida dos países latino-americanos;
c) No campo institucional, a reformulação do sistema das Nações Unidas, com vistas à construção de uma nova rede de instituições multilaterais igualitária e capaz de intervir para a superação das desigualdades econômicas e sociais entre os povos; a criação de uma União Latino-Americana voltada para a classe trabalhadora, para o desenvolvimento econômico e social equilibrado e harmonioso de toda a região, visando um novo patamar de integração internacional soberano e fundado nos princípios da paz e da justiça social, iniciativa que deve estender-se para além do comércio e da produção material, cobrindo as áreas da saúde, da educação, da cultura, do meio-ambiente e de todas as demais áreas afins; participação nos fóruns internacionais incentivando encontros de governos de países não desenvolvidos e em desenvolvimento para o enfrentamento comum das desigualdades; fortalecimento das alianças internacionais com os governos progressistas da América Latina; luta pelos acordos internacionais para o combate aos problemas ambientais.
d) No campo militar, fortalecimento da defesa do país, com todos os equipamentos necessários para que haja condições efetivas contra as ameaças do imperialismo, enquanto nação soberana, tanto no que se refere ao território, especialmente a Amazônia, bem como as águas territoriais brasileiras e as riquezas nelas encontradas; reestruturação das Forças Armadas, dentro de uma nova doutrina de segurança popular, cujos elementos centrais serão sua transformação em instrumento a serviço da população e do Poder Popular; busca de alianças nos marcos da América Latina para a defesa comum e o desenvolvimento integrado da região; fortalecimento do programa nuclear, em aliança com a Argentina e outros parceiros, para a geração de energia e demais fins pacíficos;
e) Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistência frente à opressão e à dominação estrangeira; pelo reconhecimento das FARC como organização política insurgente, condição para negociações de paz com justiça social na Colômbia, país que vem se transformando numa base militar norte-americana e numa ameaça para toda a América Latina;
f) Retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti e sua substituição por médicos, engenheiros e professores; posicionamento pelo fim do bloqueio a Cuba e contra a base dos Estados Unidos em Guantánamo; pelo fim da ocupação militar imperialista no Iraque, no Afeganistão e na Palestina; apoio à criação do Estado Palestino democrático, popular e laico, sobre o solo pátrio palestino; devolução do Arquivo Nacional do Paraguai e renegociação do acordo de Itaipu; apoio aos processos de mudanças na Bolívia, na Venezuela e em outros países; pela retirada da Quarta Frota dos mares da América do Sul, das bases militares na Colômbia e outros países; pela revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos.

PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
julho de 2010
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